A polícia búlgara encontrou os pais biológicos da menina conhecida na Europa como o "anjo loiro", encontrada há uma semana em um acampamento de ciganos na cidade grega de Fársala (centro do país), segundo a emissora de TV grega "Skai".
De acordo as informações, não confirmadas oficialmente, o casal está sendo interrogado pela polícia local.
A menina loura, de pele clara e olhos verdes de cerca de 4 anos e que responde por Maria foi encontrada na última semana durante uma inspeção de rotina em um acampamento de ciganos da cidade de Farsala (centro).
As autoridades policiais gregas haviam entrado em contato com as búlgaras perante a suspeita de que os pais biológicos da menina loira estavam na Bulgária.
De acordo com os meios de comunicação gregos, suspeita-se que os pais biológicos, também ciganos, venderam a menina ao casal que se passou pelos pais verdadeiros, que por sua vez a explorou.
Segundo filtragens de fontes policiais e judiciais reveladas à imprensa grega, isto eliminaria a hipótese de sequestro, que também tinha sido ventilada como possibilidade e reforça a da existência de uma rede de tráfico de menores para exploração.
Os números que são ventilados como preço de venda, segundo publica a imprensa grega, se situam entre 80 e 500 euros.
Encontrada
A menina estava na casa pré-fabricada de um casal, uma mulher de 40 anos e um homem de 39. Eles se apresentaram como seus pais, mas os exames demonstraram rapidamente que não tinham nenhum parentesco com ela.
A polícia suspeita que o casal de ciganos sequestrou a menina após seu nascimento, mas os acusados afirmam que sua mãe biológica confiou a menina a eles porque não podia tomar conta dela.
Nesta segunda-feira (21) a Justiça grega decretou a prisão provisória do casal de ciganos.
A associação que acolhe a menina recebeu milhares de ligações, em particular do exterior, de pais ou familiares de crianças desaparecidas.
Em declarações prévias à EFE, Panagiotis Pardalis, porta-voz da ONG "O Sorriso de uma criança", disse que a menor foi explorada durante o tempo que conviveu com o casal grego.
O fato de que seu DNA não coincide com nenhuma das pessoas desaparecidas e registradas pela Interpol fez existir a suspeita de que os pais biológicos não estava procurando a criança, mas poderiam tê-la vendido ou diretamente ou através de um intermediário.
De acordo com os meios, os pais falsos poderiam ter se dedicado a comprar crianças de grupos que as traficavam, não só para explorá-las diretamente, mas para se beneficiar com ajudas sociais, pois cobravam vários subsídios como família numerosa.