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Polícia Brasil
Quarta - 23 de Outubro de 2013 às 21:59

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Os sargentos da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro Reinaldo Gonçalves e Lourival Moreira e o soldado Wagner Soares se apresentaram na tarde desta quarta-feira, no Quartel General da corporação, no centro da capital fluminense. Os três militares tiveram a prisão preventiva decretada na terça-feira pela juíza da 35ª Vara Criminal da capital por envolvimento no desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, após denúncia oferecida pelo Ministério Público. Ao todo, 25 PMs foram denunciados.
 
Os três militares vão fazer exames de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) para determinar se estão com as condições físicas preservadas. Depois, serão transferidos para o Batalhão Especial Prisional (BEP) da corporação, em Benfica, na zona norte da cidade. Eles vão se juntar a mais oito policiais militares que estão na mesma unidade prisional, com a prisão preventiva decretada desde o dia 4 deste mês.
 
O ex-comandante da UPP da Rocinha, major Edson Raimundo dos Santos, e o ex-subcomandante, tenente Luiz Felipe de Medeiros, tiveram também a prisão preventiva decretada e estão à disposição da Justiça, no Presídio Bangu 8, na zona oeste da cidade.
 
O sumiço de Amarildo
 Amarildo sumiu depois de ser levado por PMs para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade. O ex-comandante da unidade sustentou que o pedreiro foi ouvido e liberado, mas nunca apareceram provas que mostrassem Amarildo saindo da UPP, pois as câmeras de vigilância que poderiam registrar a saída dele não estavam funcionando. 
 
"Eles alegavam que o tráfico esperava o Amarildo no ponto da escada da Dionéia (onde estaria localizada a câmera que não teria funcionado, de acordo com os acusados). Onde já se viu, o tráfico operar em frente à UPP. E eles ainda não contavam que uma outra câmera, mais para o fim da escada, estava em pleno funcionamento e não registrou a passagem do pedreiro como eles alegavam", completou ainda a promotora do Gaeco. 
 
Os dez primeiros PMs denunciados e já presos negam participação no crime. O corpo de Amarildo segue com paradeiro desconhecido - no último dia 27 de setembro, uma ossada foi localizada no município de Resende, no sul do Estado do Rio de Janeiro. A necrópsia realizada, no entanto, não foi esclarecedora e um novo exame será realizado a fim de concluir o relatório para definir se trata-se, ou não, do ajudante de pedreiro morador da Rocinha.






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