O senador Pedro Taques (PDT) demonstrou preocupação com a condução das obras da Copa do Mundo de 2014 e teceu críticas ao andamento da construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e da Arena Pantanal.
Para Taques, houve um desaparecimento daqueles que defendiam o modal de transportes com unhas e dentes, quando de sua escolha como principal obra de mobilidade urbana para o mundial.
“O governador escolheu o VLT, mas agora já diz que não sairá a tempo da Copa. E aqueles que antes diziam que o VLT era o remédio para todos os males? Ninguém fala mais disso?”, questiona o senador, lembrando que foi criticado ao questionar a troca do BRT pelo VLT.
À época da escolha do trem de superfície, as discussões sobre o tema se iniciaram no fim de 2009 e se estenderam até meados de 2011, quando bateu-se o martelo sobre qual seria a melhor solução para o transporte público cuiabano com vistas à Copa.
O deputado José Riva (PSD) foi um dos que mais defenderam que o VLT fosse escolhido. Mesmo após o governador Silval Barbosa (PMDB) ter admitido que o VLT não ficará pronto para o evento esportivo do ano que vem, o social-democrata segue com a postura de que a melhor decisão fora tomada.
Outro ponto questionado por Taques é quanto à compra das cadeiras da Arena Pantanal. O processo turbulento de licitação para contratar a empresa que cederá o material - que culminou na suspensão do certame após identificadas inúmeras irregularidades -, para ele, demonstra os modos como é conduzida a preparação para o evento.
“Não me cabe construir o VLT, a Miguel Sutil ou o estádio. Minha função é fiscalizar. Por isso, conversei com o Maurício [Guimarães, secretário da Copa] e com o governador sobre essa questão das cadeiras. A empresa questionou pontos do pregão. Nesses casos, a culpa pelos atrasos sempre vai ser do Judiciário, do Ministério Público. Depois de arrombada a porta, não adianta colocar tranca”, analisou o senador.