Por conta da grande quantidade de materiais ilegais que foram apreendidos na Penitenciária Central do Estado (PCE), na última semana em Cuiabá, um parelho de raio-x passará a ser utilizado para fazer a revista na unidade. A PCE abriga atualmente 1.891 presos e durante operação que separou os condenados dos provisórios e isolou os tuberculosos, foram apreendidos 249 aparelhos celulares, maconha, cocaína e até mesmo um tablet e um vídeo game.
O secretário da Sejudh, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho admitiu que a unidade está superlotada, já que hoje há cerca de mil presos a mais do que a capacidade permitida. Ele anunciou edital para a construção de mais quatro unidades prisionais, sendo duas masculinas em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, com capacidade para 1.008 presos. Também foi anunciado a construção de duas unidades femininas para 336 presidiárias cada uma, em Sapezal e Porto Alegre do Norte, a 473 km e 1.143 km da capital respectivamente.
Além disso para coibir a entrada de materiais ilegais nas penitenciárias de Mato Grosso, todos que entrarem nas unidades passarão por revista a partir de segunda-feira (21). Advogados membros da OAB, Defensoria Pública e Ministério Público e Tribunal de Justiça devem passar por revistas mecânicas, feitas por aparelhos de detecção de metal.
Operação Legalidade
A Operação Legalidade foi realizada PCE para separar presos condenados dos provisórios e isolar os tuberculosos, após a denuncias sobre o grande número de casos da doença na unidade. A operação faz parte do Procedimento Operacional Padrão (POP), previsto na Lei de Execução Penal, que deve padronizar os procedimentos nas unidades penitenciárias.
A operação, realizada na maior penitenciária do estado, começou no dia 8 de outubro e terminou na quarta-feira (16). Foram apreendidos 249 aparelhos celulares, 303 chips de operadoras telefônicas, um tablet, um vídeo game, além de fones de ouvido e carregadores. Uma grande quantidade de drogas também foi encontrada: 420 porções de maconha e 1.553 de cocaína. Além disso, toda a unidade passou por limpeza e uma grande quantidade de entulhos também foi retirada do local.
Foi constatado que 97 detentos foram diagnosticados com tuberculose, mas 30% dos presos ainda não passaram por exames e o número de contaminados pode aumentar. Eles estão separados em um dos raios. Na separação, dos 1.891 presidiários da PCE foi constatados que 52% são provisórios e 48% condenados
