Diversos materiais irregulares foram apreendidos durante a Operação Legalidade, realizada nesta semana na Penitenciária Central do Estado (PCE), localizada em Cuiabá. A atividade resultou na apreensão de uma grande quantidade de celulares, drogas e aparelhos eletrônicos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (18) pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
A iniciativa foi deflagrada para separar presos condenados dos provisórios e isolar os tuberculosos, após a denuncias sobre o grande número de casos da doença na unidade. A operação, realizada na maior penitenciária do estado, começou no dia 8 de outubro e terminou na quarta-feira (16).
Foram apreendidos 249 aparelhos celulares, 303 chips de operadoras telefônicas, um tablet, um vídeo game, além de fones de ouvido e carregadores. Porções de entorpecente também foram encontradas nas celas: 420 porções de maconha e 1.553 de cocaína. Além disso, toda a unidade passou por limpeza e uma grande quantidade de entulhos também foi retirada do local.
“Essa grande quantidade de coisas dentro da penitenciária ajudava os reeducandos a esconder objetos proibidos dentro da PCE, como celulares e chips”, afirmou o coronel PM Clarindo Alves de Castro.
A operação separou presos provisórios dos condenados, além de isolar os tuberculosos dos saudáveis. Foi constatado que 97 detentos foram diagnosticados com a doença, mas 30% dos presos ainda não passaram por exames e o número de contaminados pode aumentar. O grupo doente foi atendido e separado em um dos raios.
Segundo o gerente de saúde do sistema prisional, Hosano Delgado, eles passam por tratamento. “Eles estão sendo medicados todos os dias, essa separação melhora o acompanhamento e garante o tratamento, pois os profissionais de saúde podem observar melhor se os reeducandos estão ingerindo os remédios”, declarou.
Na separação, dos 1891 presidiários da PCE, foi constatados que 52% são provisórios e 48% condenados. A Operação Legalidade deve ser aplicada nas demais penitenciárias do estado.
Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos Luiz Antônio Pôssas de Carvalho a operação aconteceu de maneira pacífica na unidade.”Nós conversamos com os líderes da penitenciária previamente e a operação foi realizada sem incidentes”, afirmou. Participaram da operação 200 agentes penitenciários, muitos vindos de unidades do interior para ajudar na separação. Além disso, também houve o apoio do Corpo de Bombeiros e de Policiais Militares.