A maioria das pessoas acredita, de alguma forma, que o Universo é infinito.
Embora essa compreensão seja no mínimo confusa, vivemos em um planeta que orbita uma entre bilhões de estrelas que existem na Via Láctea, e estamos simplesmente em meio a um Universo que se estende para um horizonte aparentemente sem fim.
Mesmo havendo essa “extensão infinita”, acredita-se que existam outros mundos iguais ao planeta Terra, porque o Universo é praticamente o mesmo em todos os locais possíveis. Levando isso em conta, a ciência sugere que as leis da física não se alteram e que encontrar um planeta parecido com a Terra, em uma galáxia vizinha, é completamente possível. Essa teoria homogênea é chamada de o Princípio de Copérnico, no qual tornou-se um axioma, isto é, um princípio evidente que embasa grande parte de todo o conhecimento científico a respeito do Universo construído até agora. O problema disso é que, por ser uma máxima, o princípio não precisa e nunca foi demonstrado na prática, o que faz da teoria algo possivelmente falho.
Nos últimos anos, os cientistas começaram a perceber algo que estava fora da estrutura do Universo. Ao analisar a luz de galáxias distantes, eles conseguiram calcular a velocidade relativa e a direção em que esses objetos se moviam. O curioso é que, em vez de “voar” para além como a maioria dos objetos no Universo, algumas dessas matérias galácticas distantes pareciam estar presas em uma espécie de corrente, acelerando-se a velocidades inimagináveis (aproximadamente 3,2 milhões de quilômetros por hora), ao longo de um percurso específico. Os pesquisadores nomearam esse fenômeno como “fluxo escuro”, porque eles ainda não sabem o que está causando isso.