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Nacional
Sábado - 14 de Dezembro de 2013 às 07:34
Por: Ney Rubens

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Depois de virar ponto turístico e até piada em redes sociais, a caminhonete que teve as rodas concretadas na calçada em Belo Horizonte vai ficar no local pelo menos até a próxima segunda-feira, mesmo após o concreto ter sido removido.


 
Agentes da BHTrans, policiais militares do Batalhão de Trânsito e também um representante da Guarda Municipal estiveram no local e, depois de muitos telefonemas, foram embora sem providenciar a remoção do veículo, que estava até a manhã de hoje preso na altura do número 877 da avenida Barão Homem de Melo, no bairro Jardim América, região oeste da capital mineira.



 
O Terra acompanhou durante a tarde desta sexta-feira o imbróglio envolvendo a retirada do carro. No início da tarde, a BHTrans, que gerencia o trânsito de Belo Horizonte, informou que o carro estava estacionado de forma irregular, mas que a empresa não poderia multar o proprietário e retirar o veículo, porque é impedida por lei de autuar e multar. A empresa disse, por meio da assessoria, que somente a Guarda Municipal de Belo Horizonte ou a Polícia Militar poderiam autuar e, em seguida, solicitar o reboque da Saveiro.



 
Contatada, a GM informou que uma equipe já havia sido designada e estava a caminho do local. Duas horas depois, porém, a guarda informou não estar mais responsável pelo caso e que uma viatura da Polícia Militar já havia sido empenhada. 



 
Às 16h chegaram ao local duas viaturas da BHTrans com três agentes e dois policiais militares do Batalhão de Trânsito. Inicialmente, os agentes da BHTrans fotografaram o veículo para, segundo o agente Ricardo Lages, verificar se havia a possibilidade do reboque ser feito sem danificar o carro, o que, segundo ele, seria possível.



 
O agente e os militares entraram em contato com “o departamento jurídico da BhTrans”, que teria determinado a eles que aguardassem uma suposta liminar obtida pelo dono do carro, o advogado Márcio Drumond.



 
Essa liminar estaria sendo levada para a BHTrans e, de acordo com o agente Lages, ela “obrigaria antes da retirada do carro uma perícia para se constatar os danos, já que o veículo teve as rodas presas no concreto.”



 
Questionados pelo Terra sobre o motivo da espera da entrega do documento para a retirada do veículo, o agente disse que “o caso havia tomado uma proporção muito grande com a divulgação pela imprensa e que estaria fora da alçada deles”. “Temos que aguardar uma resposta do nosso departamento jurídico”, completou.



 
Os policiais militares que acompanhavam a ocorrência também disseram que não podiam fazer nada naquele momento. Um representante da Guarda Municipal que também esteve no local conversou reservadamente com os agentes, mas foi embora sem dar declarações.



 
A assessoria da BHTrans disse que o caso estava sendo discutido em uma reunião, já que, primeiro, havia a necessidade de se definir se o carro estava ou não estacionado irregularmente sobre uma calçada, retificando a informação anterior, e que o órgão se pronunciaria apenas por meio de uma nota, que foi enviada à imprensa pouco antes das 19h. “A BHTrans esclarece que por falta de condições técnicas não foi possível realizar a remoção do veículo,” resumiu a nota. 



 
A advogada que representa o prédio onde está sendo construída a calçada, Tatiana Mafaldo, reclamou da postura dos órgãos de trânsito. “Eles disseram que vão retirar o carro somente na segunda-feira. O que o Márcio (dono do carro) quer é ganhar tempo, tumultuar. Se ele tivesse uma liminar estaria aqui já. Não tem nenhum processo distribuído em nome da nossa empresa no fórum. É de desanimar. Há muito tempo que estamos comunicando a BhTrans e a prefeitura de Belo Horizonte, agora chega nessa situação. Muito estranho isso,” disse.



 
O advogado Márcio Drumond confirmou, por telefone, que tem em mãos uma liminar que obrigaria a realização de uma perícia no veículo, mas não quis dar mais detalhes.



 
Acidente



 
Em frente ao local onde o carro está estacionado há um buraco de esgoto sem a tampa de ferro. Funcionários da Copasa, empresa responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto em Minas Gerais, estiveram no local, segundo a empresa, e colocaram apenas uma placa.



 
Com o movimento grande de curiosos, as pessoas que passavam diminuíam a velocidade dos carros e motos. Um motociclista, entretanto, não percebeu o aviso e depois de bater na placa, caiu no buraco. A roda traseira da moto ficou presa e o homem, que não quis se identificar, foi ajudado por outros motociclistas a sair do local.



 
Em nota, a Copasa informou que “detectou na tarde de ontem que o poço de visita localizado na avenida Barão Homem de Melo, nas proximidades do número 877, encontrava-se sem a tampa. Imediatamente, a empresa providenciou a sinalização do local como medida de segurança. O provável motivo da ocorrência foram as fortes chuvas que atingiram Belo Horizonte na quarta-feira. O reparo do equipamento demandará não somente a reposição da tampa, mas a troca completa do conjunto, o que inclui substituição do aro de apoio e outras intervenções. A execução do serviço está programada em caráter de urgência”.




Fonte: Terra

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