Lojistas do Goiabeiras Shopping estão apreensivos com o "rolezinho" que deverá acontecer no centro comercial no dia 2 de fevereiro. Boa parte deles liga o movimento a fatos negativos ocorridos em outros estados.
Após a reportagem divulgada pelo Diário ontem, muitas pessoas tomaram conhecimento do evento, que está crescendo no Facebook. Até a noite de ontem, 150 pessoas já haviam confirmado presença no chamado "Rolêzin no Tchópe".
Os organizadores informaram que após uma reunião que irá decidir e esclarecer pontos sobre o "rolezinho", que ganhou um cunho de manifestação em Cuiabá, será informado à imprensa o objetivo do ato. Eles ressaltaram que pessoas responsáveis estão à frente da organização.
E isso que espera o gerente da Decorliz, Vagner José. Ele não condena o ato, porém, espera que não haja imprevistos. "Acredito que não há que se criar pânico, mas temos que estar preparados, pois não sabemos o que pode acontecer", disse.
Segundo Vagner, caso o "rolezinho" acabe saindo fora do controle, as portas da loja serão fechadas sim. "O shopping é aberto, podem entrar, mas sem vandalismo e atitudes contrárias", argumenta.
Proprietária de um quiosque que revende chinelos Havaiana, Lina Arruda afirma que a questão é complicada e que não dá para a equipe da loja ficar controlando. "Em relação ao que estamos vendo em nível nacional, a baderna generalizada fica fora de alcance até mesmo da segurança. Não concordo com esse tipo de postura dentro do shopping", explica.
Outros comerciantes que não quiseram ser identificados, em sua grande maioria, afirmaram estar cientes do ato, e que esperam uma logística de segurança do próprio shopping. "Será como um dia normal de trabalho", disse um deles.
Ainda não é certo que o “rolezinho” vai mesmo acontecer no Goiabeiras. Mas uma enquete na página do movimento no Facebook mostra que esta é a preferência dos integrantes do grupo. Dos 81 votos dados até ontem à noite, 73 elegeram o Goiabeiras como o local desejado para o ato.
A assessoria do Goiabeiras afirmou que não irá declarar nada sobre o caso. A reportagem entrou em contato com o coronel Jadir Metello da PM, mas não obteve retorno até o fechamento.