O processo eleitoral rumo ao governo do Estado está numa fase curiosa. Nem os líderes políticos e seus partidos sabem, ao certo, quem serão os candidatos a governador. Diferente de outras épocas, quando ao menos dois já teriam sido definidos, até agora, a 5 meses das convenções e a 8 do pleito, os grupos tentam primeiro fechar unidade para, numa segunda etapa, escolher quem serão seus nomes ao Governo e ao Senado.
Em meio a esse cenário emblemático, já é possível dividir a tendência dos blocos. De um lado, a oposição se juntando a Pedro Taques. No palanque começam a subir, além do PDT do senador, PPS, PSB, PSDB, DEM, PTB e PV. Mesmo assim, ninguém está seguro de si. Tanto pode se firmar com Taques quanto pular do barco. Esse grupo de oposição quer reeditar a aliança Mato Grosso Muito Mais, com Taques ao Senado e possivelmente Jayme Campos (DEM) à reeleição.
A base governista começou a reagir. Conseguiu fazer a primeira reunião e já com sete legendas: PMDB, PR, PP, PSD, Pros, PT e PC do B. E quem será o candidato a governador e a senador por esta coligação governista? Como cada partido tem sua preferência, não se afunilou aos nomes dos possíveis candidatos. Alguns arriscam citar até três opções, como o PR, que tem preferência para lançar Blairo Maggi, mas o ex-governador e senador não está nem aí para esse tipo de pressão. Para o plano B, surgem duas alternativas republicanas: Maurição e Cidinho. E ainda conta com Wellington Fagundes para o Senado.
Enquanto isso, até o PMDB do governador Silval Barbosa bate na mesa para dizer que só aceitará composição se tiver algum filiado em chapa majoritária. O petismo reage, citando dois nomes à sucessão estadual, do juiz federal Julier Sebastião, que nem se filiou ainda ao PT, e o ex-vereador Lúdio Cabral. O PSD, para não ficar de fora, menciona o nome do vice-governador Chico Daltro. Daqui a pouco, os nanicos PC do B, PP e Pros vão querer marcar posição também, lançando pré-candidatos majoritários. É por isso que o quadro está indeciso, motivado principalmente pelas vaidades e interesses pessoais da maioria dos líderes partidários.