Lembrado por lideranças do setor produtivo de Mato Grosso para disputar a cadeira principal do Palácio Paiaguás em outubro, o suplente de senador Cidinho dos Santos (PR) já não esconde o desejo pela possível candidatura.
Apesar de dar créditos à chance, o republicano pondera saber que a decisão sobre quem se candidatará é estritamente partidária. “O PR já tem um pré-candidato que é o Maurição [Maurício Tonhá, pecuarista>. Quando nos reunimos, apoiei o nome dele”, diz.
Na cúpula do partido, aliás, o assunto é tratado como midiático. Tanto o presidente, quanto o secretário-geral da legenda, os deputados Wellington Fagundes e Emanuel Pinheiro – respectivamente - descartam a possibilidade.
Mesmo assim, os rumores são de que o próprio Cidinho estaria articulando manifestações em seu favor. Ele, contudo, afirma que a notícia de que lideranças do segmento agropecuário estariam discutindo seu nome para o cargo de governador o pegou de surpresa.
“Isso tudo é muito novo para mim. Na minha vida, tudo aconteceu sem planejamento. Me sinto honrado de ser lembrado por prefeitos e pelo setor produtivo para um cargo tão importante”, diz.
O próprio secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller (PMDB), estaria na lista dos que não descartam o nome de Cidinho.
Principais representantes do DEM, o senador Jayme Campos e o deputado federal Júlio Campos - mesmo pertencendo ao movimento Mato Grosso Muito Mais, que tem a candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao governo – também já declararam avaliar um apoio ao suplente de senador.
Cidinho, muito embora diga que não, assume uma postura política ao analisar que tipo de pessoa estaria apta a disputar o cargo de governador.
“O governador de Mato Grosso tem que pensar de maneira macro, se preocupar com a questão das estradas, a infraestrutura. Deve ser ético e, acima de tudo, ter um sentimento humano para entender o sofrimento das pessoas”, diz em tom de discurso.
O republicano ressalta ainda quais qualidades teriam feito ele ser citado por colegas do setor rural, no qual também atua como empresário. “Conheço os 141 municípios porque presidi a AMM e fui secretário estadual. Sou muito abençoado e protegido. Se essa candidatura se viabilizar, se isso for bom para o partido, vamos analisar a questão com cuidado”, afirma.
Cidinho foi prefeito de Nova Marilândia (392 km de Cuiabá) por três vezes; secretário de Estado de Projetos Estratégicos no governo Blairo Maggi (PR) e presidiu a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). Atualmente, é o primeiro suplente do senador republicano.
O surgimento de seu nome para a disputa, aliás, é creditado ao anúncio de Maggi de que não concorrerá ao comando do Paiaguás.