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Politica Brasil
Sexta - 13 de Dezembro de 2013 às 22:34
Por: Pedro Canário

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O partido escolhido pela ministra Eliana Calmon para concorrer ao Senado foi o PSB. A cerimônia de filiação da ministra à legenda acontece às 10h do dia 19 de dezembro, em Salvador, cidade natal da ministra. Ela passa a fazer parte dos quadros do PSB um dia depois de se aposentar do Superior Tribunal de Justiça, onde ficou por 14 anos.


 
A filiação de Eliana ao PSB confirma expectativas que rondam seu nome desde que ela corregedora nacional de Justiça (ocupou o cargo entre 2010 e 2012). O partido fará oposição ao PT na corrida presidencial de 2014. O candidato a presidente será Eduardo Campos, governador de Pernambuco. Eliana se filia a legenda para fazer parte da chapa da senadora Lídice da Mata, que concorrerá ao governo do estado, hoje ocupado pelo petista Jaques Wagner.


 
Lídice da Mata é política experiente na Bahia. Era um quadro importante do PCdoB e, pelo partido, foi prefeita de Salvador. Eduardo Campos era aliado do PT enquanto estava no governo de Pernambuco, mas decidiu sair candidato a presidente da República, fazendo oposição à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Correligionária de Campos, Marina Silva aguarda no futuro a filiação de Eliana Calmon à Rede, partido que teve o registro negado pelo Tribunal Superior Eleitoral.


 
A filiação de Eliana Calmon é aguardada há muito tempo. Colegas do STJ contam ouvir dela que tentará o Senado já há quase um ano. Recentemente ela passou a adotar um discurso de despedida dentro do tribunal e na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), da qual é diretora.


 
Muitos ministros comemoram sua saída do tribunal. Outros reclamam por ela não ter feito questão de esconder dos colegas suas pretensões políticas, mas, em público, negar que sairia candidata – ou que deixaria o STJ antes da hora. Enxergavam nisso uma manobra pensada para criar fatos políticos em torno do nome dela.


 
Eliana Calmon é mais conhecida por sua passagem no CNJ do que pelo STJ. Dada a frases de efeito e declarações de repercussão, quando corregedora nacional, ela traçou como meta própria acabar com a corrupção no Judiciário. Era o que ela reputava ser o principal problema da Justiça. Em entrevista chegou a dizer que estava à caça dos “bandidos escondidos atrás da toga”.


 
No Senado, pelo que se conclui de entrevistas que a ministra já concedeu, ela pretende ser uma interlocutora do Judiciário com o Legislativo. Analisa que, depois da cassação do ex-senador Demóstentes Torres, procurador de Justiça em Goiás, esse espaço ficou vazio. “No Senado, saberia o que fazer”, declarou a ministra em certa ocasião.





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