Um grupo de trabalho formado por 6 servidores da Secretaria de Estado da Saúde (SES) iniciou acompanhamento da rotina financeira e contábil do Hospital Metropolitano de Várzea Grande (HMVG). A constituição da equipe foi publicada no Diário Oficial de ontem após denúncias de falhas no pagamento de funcionários e fornecedores por parte da organização social de saúde (OSS), situação que estaria comprometendo o atendimento aos usuários. Os resultados encontrados pelo grupo de trabalho poderão ser decisivos para a não renovação do contrato com a OSS, que tem vigência até maio desse ano.
Desde 2011, quando o Instituto Pernambucano de Assistência Social (Ipas) assumiu a gestão do HMVG e inaugurou a terceirização como modelo de gestão na saúde em Mato Grosso, as denúncias ocorrem. Desta vez, usuários do Sistema Único de Saúde (SES) reclamam do cancelamento de procedimentos cirúrgicos previamente marcados. A interrupção estaria ocorrendo pela falta de repasse do governo estadual, o que é negado pela SES.
Em reunião realizada com o corpo clínico do HMVG com a secretaria-adjunta da SES foi relatada a ausência de pagamento a médicos e fornecedores. Esta é a motivação para a constituição do grupo de trabalho, que tem 1 assistente administrativo, 3 contadores, 1 enfermeira e 1 médico. Sunilde Gomes Aldave é a coordenadora e no prazo inicial de 30 dias deverá apresentar um relatório ao secretário, Jorge Araújo Lafetá Neto, contendo os credores e a ordem prioritária de pagamento adotada pelo Ipas.
Além disso, o grupo de trabalho deverá levantar todos os serviços médicos hospitalares e outras despesas realizadas no HMVG , que não são cobertas pelo contrato de gestão. O objetivo é verificar se há débitos pendentes por parte da SES com a OSS. Em 2013 o tratamento de uma superbactéria provocou a inserção de uma demanda de serviço diferenciada no hospital. O Ipas alega não ter recebido o recurso referente a estes serviços.