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Segunda - 27 de Janeiro de 2014 às 13:47
Por: Izabel Barrizon

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Aumentaram 390% os casos de estupro cometidos por adolescentes contra crianças, conforme levantamento divulgado pela Delegacia Especializada do Adolescente. Segundo a DEA, 49 ocorrências foram registradas no ano passado. Em 2012, 10 casos de abusos foram registrados. As maiores vítimas são meninos, entre 6 e 8 anos, abusadas por adolescentes de 14 e 15 anos.

Divulgação

Dentre os casos, a delegacia apreendeu um adolescente, acusado de estuprar uma criança de 5 anos, em fevereiro do ano passado, no bairro 1° de Março, em Cuiabá. Ele teria se aproveitado da ausência de outras pessoas, para forçar o ato sexual com a criança. A criança sofreu lesões no órgão genital e teve que ser submetida a uma cirurgia no Hospital Universitário Júlio Muller. O adolescente foi detido após 4 meses, em Minas Gerais.

Em novembro, 2 adolescentes foram apreendidos após divulgarem imagens de uma criança masturbando um dos menores. Nas imagens gravadas pelos menores, um dos adolescentes de 15 anos aparece em cenas de masturbação explicita praticada pela criança com idade entre 6 e 7 anos. As cenas são fortes e mostram a criança, sendo estimulada pelo menor de 13 a praticar os atos libidinosos no adolescente de 15 anos.

Conforme o delegado Eduardo Augusto de Paula Botelho, que coordenou as investigações, não era a primeira vez que a criança era submetida ao abuso. Devido à tecnologia, uma nova modalidade de infração passou a ser registrada, sendo incluída no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Crimes na internet – Conforme a DEA, 19 ocorrências divulgadas na internet foram registradas em 2013. No ano anterior, nenhum crime desse tipo tinha sido registrado.

Os procedimentos instaurados envolvem aproximadamente 180 adolescentes, que de alguma forma participaram dessa experimentação de sexualidade, que acaba sendo considerada infração em razão das circunstâncias dos atos.

Delegado titular da DEA, Paulo Alberto Araújo, afirma que a modalidade de infração acontece com maior freqüência com adolescentes de classes econômicas mais favorecidas, por exigir a utilização de equipamentos específicos e de tecnologia mais avançada.

Esses adolescentes estudam em escolas particulares, têm famílias estruturadas e fácil acesso a qualquer tipo de informação ou meio tecnológico, ao contrário dos jovens de baixa renda. (Com informações PJC)






Fonte: A Gazeta

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