O travesti H.W.C., de 21 anos, está sendo acusado de extorquir um cliente, um técnico de eletrônica de 55 anos, que acionou a Polícia Militar, após combinar um programa com H.
Os dois teriam combinado inicialmente o valor de R$ 50 pelo "serviço completo". A partir daí entraram em um motel na região do Zero Quilômetro, conhecida zona de prostituição de Várzea Grande.
Porém, segundo o cliente, o travesti o aumentou o preço combinado para R$ 250 e, conforme relato do boletim policial, teria ameaçado o técnico com um facão. A arma estava escondida dentro do guarda-chuva.
O cliente disse que fez o pagamento, mas resolveu acionar a Polícia. O travesti acabou preso por volta das 13h desta segunda-feira (27).
Aos policiais, o travesti alegou que já fazia programas com frequência com o técnico em eletrônica. Eles teriam se conhecido há três meses e faziam sexo constantemente.
O travesti negou qualquer ameaça e acredita que o técnico em eletrônica tenha inventado a versão para se ver livre dele.
Na Central de Flagrantes, o técnico deu outra versão para o caso. Explicou que combinou o programa e foram num motel que tem entrada para casais que estão a pé. Quando tiraram a roupa, descobriu que não iria transar com uma mulher e sim como um travesti.
“Ele (travesti) começou a aumentar o preço. De R$ 50 passou para R$ 150 e depois para R$ 250. Depois que eu falei que não iria pagar, tirou um facão de dentro de um guarda-chuva e me ameaçou. Então tive que pagar”, relatou.
Depois de uma hora e meia de programa, os dois saíram do motel e, já do lado de fora, o técnico em eletrônica acionou a PM que localizou o travesti com o guarda-chuva e o facão. De lá, os envolvidos foram levados até a Delegacia.
O travesti foi autuado em flagrante por extorsão. Policiais plantonistas explicaram que o técnico em eletrônica acabou extorquido pelo travesti uma vez que combinaram um preço e depois aumentou cinco vezes mais. A vítima negou que conhecesse o travesti anteriormente.
