Com a indefinição do juiz federal Julier Sebastião da Silva, que ainda não se decidiu se vai filiar ao PT, para disputar o governo do Estado nas eleições deste ano, em reunião, a sigla baixou uma resolução que praticamente definiu o ex-vereador, Lúdio Cabral a sucessão Silval Barbosa (PMDB). Cabral teve seu nome ventilado dentro da legenda, como um “plano B”, mas que agora deverá, até março (prazo que Julier tem para se decidir) ser, enfim, consagrado.
O “sonho” de algumas lideranças do PT é que o juiz federal seja o candidato que irá representar o partido, tendo em vista que o PT já afirmou que quer encabeçar a majoritária. Porém, há outra parte dos petistas que não querem o magistrado. Um possível desconforto está acontecendo dentro do diretório.
Na resolução, o Partido dos Trabalhadores diz: “O PT dispõe nas suas fileiras de nomes altamente qualificados, com acúmulo político e densidade eleitoral para disputar em plenas condições de êxito a eleição de Governador e destaca o nome do companheiro Lúdio Cabral, que se encontra a disposição para atender ao chamado do partido”.
Outra parte fala sobre Julier: “Ao mesmo tempo o PT reafirma seu reconhecimento das qualificações políticas do Juiz Julier Sebastião da Silva como um agente público que tem serviços prestados na defesa da justiça e da sociedade reunindo as condições de governar Mato Grosso em sintonia com os interesses e necessidades da maioria da população. Nesse sentido o PT reitera o convite para sua filiação”.
Além disso, outro fator que agravou na filiação de Julier foi o PC do B que também convidou o magistrado a filiar-se ao partido, com a possibilidade dele entrar na disputa por uma vaga no Congresso Federal. O presidente da sigla comunista, Aislan Galvão afirmou em entrevista ao GD que o magistrado tem grandes chances de ingressar no PC do B e não entrar na disputa pelo Executivo estadual, com o PT.
Galvão destacou que em uma reunião com o juiz federal, ele disse que por conta das prévias que poderia acontecer no PT, para escolher entre ele e Lúdio, Julier disse que não iria deixar a magistratura para disputar prévias, tendo em vista que ele quer a segurança de sua candidatura, e até afirmou que vai disputar o pleito eleitoral, seja ao governo ou ao Congresso Federal.