A Justiça estadual, por meio do titular da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, suspendeu o retorno de João Arcanjo Ribeiro para Mato Grosso. A volta do “Comendador” estava agendada para o dia 4 de fevereiro e ele seria encaminhado à Penitenciária Central do Estado (PCE). De acordo com o magistrado, a Justiça Federal só poderia indeferir a permanência do preso junto ao sistema prisional de segurança máxima caso apresentasse critérios objetivos, como a incapacidade de receber novos presos ou por justificar lotação máxima da penitenciária. De acordo com o juiz, nenhum dos argumentos se encaixam na situação de Arcanjo.
Outra justificativa apresentada por Fidelis foi em relação à incapacidade do sistema prisional de Mato Grosso em receber o “Comendador”. Segundo ele, na última segunda-feira (27), a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh/MT) reforçou a necessidade da permanência de Arcanjo na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Porto Velho (RO), onde está desde abril do ano passado. De acordo com o órgão, o “Comendador” ainda seria “líder de organização criminosa”, as unidades penais do Estado não conseguem impedir a atuação criminosa do mesmo e que o retorno dele para Mato Grosso o colocaria “mais próximos de seus comparsas”.