Após protestos e manifestações contra os pedágios na rodovia Emanuel Pinheiro, a MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães (68 km ao norte da Cuiabá), o Governo de Mato Grosso recuou e retirou um dos postos de cobrança do edital. De acordo com a Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu), o trecho entre os municípios terá duas ao invés de três praças de cobrança.
Com a mudança, o outro trecho da concessão, que vai de Chapada a Campo Novo dos Parecis (40 km de Cuiabá) também foi alterado e agora terá dois postos de cobrança ao invés de um.
Segundo a Setpu, a decisão foi tomada após o processo de audiências públicas para apresentação dos estudos de viabilidade técnica, econômica, financeira, social e operacional acerca da concessão da rodovia. Conforme a Setpu, até o dia 15 de fevereiro a pasta finalizará o relatório final do estudo.
Outro ponto do estudo que será reavaliado são os valores máximos das tarifas propostas e os investimentos a serem realizados na via.
Conforme o estudo apresentado pela Setpu, cada praça teria uma pedagiamento diferente. A primeira praça, antes de chegar ao Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, teria um valor máximo de R$ 4,10. O segundo e terceiro posto de cobrança teriam valores diferentes entre os dias úteis e os finais de semana e feriado, por se encontrarem nos arredores do Parque. Durante a semana as tarifas chegariam até R$ 4,10 e o valor máximo estipulado para os outros dias era de R$ 6,60. A quarta praça de cobrança teria um valor ainda mais alto, com um pedágio de até R$ 7,35.
Na última sexta-feira (24), o secretário Cinésio Nunes de Oliveira afirmou que houve uma falha na indicação do estudo que apontava duas praças. Ele afirmou que a falha seria corrigida e mudada até a divulgação do edital do leilão.
Agora, segundo o secretário, serão reavaliados os valores das tarifas, as praças de pedágio e os investimentos a serem realizados pela empresa vencedora da licitação.
O estudo também apresentava dois projetos. Um que incluia a duplicação da rodovia até Chapada dos Guimarães enquanto o outro a criação de terceiras faixas (multivia) em pontos específicos. Porém, nenhum dos projetos poderá ser realizado sem a aprovação do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
