O vigia Alexsandro Abílio de Farias, de 25, indiciado pelo assassinato do empresário Adriano Henrique Maryssael de Campos, executado com 3 tiros aos 73 anos, no dia 21 de junho de 2011, não se apresentou à Justiça durante a audiência de instrução e julgamento. Ela ocorreu ontem à tarde 14ª Vara Criminal foram ouvidas as testemunhas de acusação.
Uma nova audiência será marcada para ouvir as testemunhas de defesa arroladas pelos advogados Valdir Caldas e Neyman Monteiro. Eles não informaram se o vigia deverá se apresentar na próxima audiência. Até lá tentaram a liberdade do cliente que se encontra foragido.
O crime ocorreu dentro da agência bancária do Itaú da avenida Carmindo de Campos, em Cuiabá. A defesa do jovem pretende provar que a porta da agência bancária não travou no momento em que a vítima saía. Além disso, os advogados afirmam que o jovem não é foragido e tem o direito de responder pelo crime em liberdade, pois ele se apresentou de forma espontânea e confessou o crime.
“A lei permite que meu cliente responda pelo crime em liberdade, mas a Justiça não quer conceder (a revogação da prisão preventiva)”, frisou o advogado Neyman Monteiro.
O vigilante foi denunciando pelo Ministério Público por homicídio qualificado recurso que dificultou a defesa da vítima, pois afirma o promotor na denúncia que o vigilante travou a porta para atirar em Adriano. A pena pode chegar a 16 anos de prisão.
O empresário foi executado a tiros no dia 21 de junho de 2011 no interior da agência do Banco Itaú, localizada na Avenida Carmindo de Campos em Cuiabá.
O segurança se apresentou à Polícia uma semana após o crime e, como não estava com a prisão decretada, foi liberado. Ele relatou ao delegado Antônio Carlos Garcia que estava sendo vítima de discriminação por parte do empresário, cliente da agência, e sempre era insultado. O motivo era a porta giratória onde o empresário ficava retido.
Na saída, teria sido insultado com nomes como “preguiçoso”, “preto”. o vigia, então, sacou o revólver calibre 38 usado no trabalho e atirou três vezes atingindo o rosto e as costas. O empresário morreu no local, antes de entrar na porta giratória.