O juiz da 2ª Vara Criminal (de Execuções Penais) de Cuiabá, Geraldo Fidélis Neto, quer que o pedido de suspensão do retorno do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro seja analisado em regime de urgência, pelo ministro que estiver de plantão no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Fidélis Neto encaminhou ontem à tarde, via digital, o processo de Arcanjo com a petição em que requere a anulação do despacho da juíza federal de Porto Velho, Rondônia, que determinou o retorno do reeducando.
O temor do juiz, manifestado do pedido, é que Arcanjo retorne para Mato Grosso antes que seu pleito seja analisado pelo STJ. No documento que enviou, Fidélis Neto escreve que, no entendimento dele, somente em caso de incapacidade de receber o preso ou superlotação, o que não estaria ocorrendo na Penitenciária Federal de Porto Velho.
O magistrado descreve João Arcanjo como criminoso de alta periculosidade, um homem que durante mais de vinte anos liderou uma das maiores e mais violentas organizações criminosas do País, constituindo fortuna com práticas ilícitas.
Ele diz que a Penitenciária Central do Estado(PCE), apresenta problema estruturais e que por causa disso não oferece as mínimas condições de segurança para manter presos perigosos como João Arcanjo.
A vinda de Arcanjo está prevista para o dia quatro de fevereiro. Até o fechado desta edição, o pedido do juiz mato-grossense sequer havia dado entrada no STJ.