A candidatura do ex-vereador por Cuiabá Lúdio Cabral (PT) ao governo do Estado na eleição de outubro tem a bênção de membros da cúpula nacional do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). As conversações sobre o apoio ocorreram nos últimos dias entre a sigla e a Executiva nacional petista.
A declaração de preferência do PMDB pela candidatura de Cabral ocorreu quando da necessidade de se elaborar um mapa dos cenários políticos e de quais nomes disputariam o governo em cada Estado.
Os peemedebistas fazem parte da base aliada à Dilma Rousseff (PT) e uma reunião com a equipe da campanha da presidente deve ser agendada em breve para confirmar o nome do ex-vereador.
Em Mato Grosso ocorre alinhamento, já que os petistas são da base do governador Silval Barbosa (PMDB), juntamente com PSD, PP, PR, PCdoB e Pros. Além disso, Lúdio e o chefe do Executivo estadual já estiveram juntos no palanque em 2012, quando o petista pleiteava ser prefeito de Cuiabá.
A exemplo do que ocorre em âmbito nacional, informações de bastidores dão conta de que lideranças do diretório estadual do PMDB também estariam fazendo “lobby” em favor de Lúdio para a majoritária como governador.
Na noite desta quarta-feira (29), membros do PMDB em Mato Grosso se reuniram com o ex-vereador para que fosse realizada uma “leitura” do cenário atual e começarem a pensar em uma agenda a ser cumprida nos próximos meses.
Nesta semana, a direção regional do PT divulgou uma resolução na qual consolida o nome de Cabral à cadeira principal do Palácio Paiaguás.
No documento, resultado da primeira reunião de 2014 do diretório regional realizada no último dia 25, porém, a cúpula petista ressalta manter o convite ao juiz federal Julier Sebastião da Silva, também cotado para disputar a sucessão de Silval.
Ao Diário, o presidente do diretório regional do PT, William Sampaio, afirmou que não existe priorização. “Internamente, as duas possibilidades são trabalhadas. Uma candidatura não está condicionada à outra”, explicou.
O próprio Lúdio também sustenta que não há uma disputa para saber quem será o candidato petista. “A resolução foi aprovada por unanimidade pelos membros do partido, prevendo as duas possibilidades: minha candidatura ao governo e a filiação do juiz Julier Sebastião para a mesma finalidade. A decisão final sobre quem será o candidato também será tomada dessa maneira”, disse.
Há meses Julier vem dialogando com lideranças de diversas legendas para tomar sua decisão. Ao PCdoB, que deu carta-branca para que dispute o cargo máximo do Executivo estadual e com quem se reuniu mais recentemente, o magistrado reafirmou o desejo de ser candidato.
Julier tem até o dia 5 de abril para abandonar a toga, caso queira participar do processo eleitoral. O prazo é estabelecido de acordo com a Lei Complementar n.º 64/1990, conhecida como a Lei de Inelegibilidades.
