Cuiaba Reporter - cuiabareporter.com.br
Cidades / Geral
Quinta - 30 de Janeiro de 2014 às 15:49

    Imprimir


A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) minimizou nesta quinta-feira (30) o impacto dos "rolezinhos" no faturamento dos centros de compras no país e avaliou que o susto provocado pelo fenômeno acabou.

"Tenho impressão que sim", disse o presidente da Abrasce, Luiz Fernando Veiga, ao ser questionado se o susto e o medo já ficaram para trás. "O susto veio antes do medo. O medo era e continua sendo se isso continuasse e no que pode se transformar o 'rolezinho'", explicou.

Desde o fim de 2013, jovens têm organizado encontros pelas redes sociais, principalmente, em shoppings da capital paulista e da Grande São Paulo. Os eventos ficaram conhecidos como "rolezinhos". Os organizadores definem os encontros como um "grito por lazer" e negam qualquer intenção ilegal, mas viraram alvo de investigações policiais (conheça a história dos 'rolezinhos' em São Paulo).

Segundo Veiga, os shoppings e organizadores dos encontros de jovens estão se reunindo e discutindo soluções para a melhor forma e o melhor espaço para permitir que estes eventos possam continuar a ser realizados nos shoppings, mas com a garantia de segurança para todos os clientes.

"Ao longo de 30 dias que a coisa vem acontecendo, tudo vai se acalmando", avaliou, admitindo, no entanto, que o fenômeno dos 'rolezinhos' pegou os shoppings desprevenidos.

"Esse movimento que é sadio foi mal comunicado, mal interpretado num primeiro momento, porque ninguém estava preparado para essa novidade", disse Veiga.

Impactos no faturamento

Apesar de shoppings terem fechado as suas portas, prejudicando as vendas dos lojistas, a associação disse que o impacto no faturamento do setor foi mínimo, equivalente a um dia de temporal ou de alagamentos.

Segundo a Abrasce, é normal nessas situações os consumidores retornarem nos dias seguintes para realizar a compra planejada. "Seria um desastre de o rolezinho ficasse lá dentro 15 dias", disse.

De acordo com Veiga, os impactos dos rolezinhos não se compraram com o da queda nas vendas após os protestos de junho do ano passado. “O mês de julho foi bastante ruim como consequência dos tumultos da rua. Senão fosse isso certamente o nosso crescimento passaria de 9%”, avaliou. Os shoppings do país encerraram 2013 com alta de 8,6% nas vendas.

A associação prevê que o faturamento de 2014 terá crescimento menor, de 8,3%.

O menor otimismo, segundo o setor, se deve às interrogações sobre o desempenho da economia brasileira. “Estamos sendo conservadores porque de uma maneira geral o consumidor está mais pessimista”, disse Veiga.

Entre as dúvidas do setor, está o efeito da Copa do Mundo nas vendas dos shoppings. “Ainda não sabemos dizer se vai ser positivo ou negativo”, afirmou.

A Abrasce informou que as negociações com os organizadores dos rolezinhos serão feitas individualmente com cada shopping, que terá autonomia para definir as condições para permitir ou não a realização destes encontros. A associação defendeu, porém, que só ocorra o fechamento das portas de um shopping na hipótese de tumulto.





Fonte: Do G1

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://cuiabareporter.com.br/noticia/5619/visualizar/