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Agronegócios
Sexta - 13 de Dezembro de 2013 às 11:11
Por: Carla Mendes

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Na quinta-feira (12), a soja fechou o pregão com significativa baixa na Bolsa de Chicago, e os principais vencimentos recuaram entre 13,50 e 20,25 pontos. A pressão no mercado, segundo analistas, foi exercida por um conjunto de fatores. 


 
De um lado, os rumores de que a China poderia cancelar algumas compras de soja comprados nos Estados Unidos pesaram sobre os preços. Segundo Stefan Tomkiw, estes rumores estão reforçados no mercado internacional, o que faria com que os chineses substiuíssem esse volumes por produto da América do Sul, principalmente do Brasil, a preços menores.Porém, há analistas que afirmam que esses cancelamentos não deverão acontecer, em função da necessidade bastante elevada da nação asiática e da chegada da soja brasileira ao país somente em meados de abril ou maio. 


 
Ao mesmo tempo, as expectativas sobre a economia norte-americana e as decisões que serão tomadas pelo Federal Reserve (o banco central norte-americano) na próxima semana sobre os estímulos à economia do país aumentaram a aversão ao risco, pressionaram as commodities e favoreceram a alta do dólar. E um dólar mais alto acaba diminuindo a competitividade dos produtos norte-americanos, aumentando ainda mais a pressão sobre os preços. Com isso, os mercados acionários também recuaram na quinta-feira (12). 


 
Paralelamente a esses fatores, o mercado sente ainda a pressão que se faz sobre os preços com o movimento de vendas por parte dos fundos e a necessidade que os mesmos possuem de garantir resultados positivos a seus investidores, movimento que estimula realizações de lucros. 


 
Nesta quinta ainda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe ainda seus números das exportações semanais. As vendas da soja em grão superaram 1 milhão de toneladas, ficaram acima do esperado. Por outro lado, porém, as vendas de farelo e óleo foram fracas, pressionaram seus mercados e também puxaram o grão para baixo, segundo explicou Camilo Motter, economista da Granoeste Corretora. "Isto tende a derrubar a demanda doméstica para esmagamento, apesar das boas exportações do grão", diz.


 
Com as vendas de hoje, o volume de soja dos Estados Unidos já comprometido passa a ser de 38,7 milhões de tonelada de um total de 40,14 milhões a ser exportado até o final da safra 2013/14, em agosto do ano que vem. Assim, restam apenas 2,07 milhões de toneladas para serem comercializados pelos produtores norte-americanos. Entretanto, analistas acreditam que importadores, como a China, por exemplo, poderiam cancelar algumas de suas compras para adquirir a oleaginosa a preços possivelmente mais baratos na América do Sul com a chegada nova safra principalmente do Brasil, Argentina e Paraguai. 


 
E são essas projeções que indicam uma colheita sulamericana recorde que, nesse momento, limitam o potencial de alta dos preços na Bolsa de Chicago. Apesar de ainda haver muita incerteza sobre os reais resultados da safra, as boas condições em que se desenvolvem as lavouras têm sido observadas pelos investidores, que já apostam em uma grande oferta mais adiante. 


 
Entretanto, analistas afirmam que para a formação dos preços na Bolsa de Chicago, a ajustada relação americana entre oferta x consumo deverá prevalecer e continuar oferecendo sustentação aos preços. Diante dessas duas frentes, o mercado, portanto, se mantém volátil e oscilando, quase que diariamente, entre os lados positivo e negativo da tabela.





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