Os funcionários dos Correios em Mato Grosso entraram em greve nesta quinta-feira (3). A decisão foi tomada após assembléia geral na última quarta-feira (29) e segue um movimento nacional.
Com a paralisação, o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais de Mato Grosso (Sintect-MT) prevê que cerca de 30% do efetivo permaneça trabalhando.
A autarquia em Mato Grosso, no entanto, informou nesta sexta-feira (31) que as agências estão funcionando normalmente com 97,2% do efetivo total da empresa trabalhando, o que corresponde a 1.556 empregados – a aferição de presença é realizada também por meio de sistema eletrônico. Todas as agências estão abertas e todos os serviços estão disponíveis.
O motivo da greve é a privatização do plano de saúde dos funcionários, o Postal da Saúde – Caixa de Assistência e Saúde dos Empregados, previsto para ser implantado ainda neste ano.
Ao MidiaNews nesta semana, o secretário-geral Sintect-MT), Sílvio Bueno de Andrade, afirmou que desde greve feita no ano passado a privatização estava em pauta, porém foi menos visada do que o aumento salarial.
“O que nós tememos, diante também de outras categorias que passaram pelo mesmo, é que em breve nos seja cobrado mensalidade para um direito que já possuímos. Nossa luta é para barrar o Postal da Saúde”, afirmou na ocasião.
Outro lado
Além de afirmar que o efetivo dos Correios em Mato Grosso está atendendo praticamente dentro da normalidade, a autarquia informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não haverá alteração no atual plano de saúde dos trabalhadores, o CorreiosSaúde.
Os Correios também garantem que não será cobrada mensalidade.
“Nenhuma mensalidade será cobrada, os dependentes regularmente cadastrados serão mantidos e o plano de saúde não será privatizado. Todas as condições vigentes do CorreiosSaúde serão mantidas, os percentuais de co-participação não serão alterados e os trabalhadores dos Correios não terão custos adicionais”, diz trecho da nota.
“A Postal Saúde não é um plano de saúde. É uma caixa de assistência, patrocinada e mantida pelos Correios. Desde o início de janeiro, o plano CorreiosSaúde, que atende os empregados da ECT e seus dependentes, passou a ser operado pela Postal Saúde, com política e diretrizes definidas pela ECT. As regras do plano não foram alteradas — o pagamento dos trabalhadores dos Correios referente a janeiro já foi realizado, no dia 25, e não houve cobrança de qualquer tipo de taxa ou mensalidade”, completou.
A empresa ainda destacou que está cumprindo o que foi definido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) no ano passado a respeito do assunto.
Segundo os Correios, em algumas localidades do Brasil, começou a greve contra a Postal Saúde. A maioria dos 35 sindicatos (22), no entanto, não aderiu ao movimento.