A Polícia Federal informou nesta terça-feira (5) que Henrique Pizzolato, condenado foragido no processo do mensalão, foi preso na Itália. De acordo com a PF, a operação foi em conjunto com a polícia italiana.
Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. Sua prisão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após o julgamento do último recurso, em 13 de novembro. A pena deve ser cumprida em regime fechado, em presídio de segurança média ou máxima.
(Observação: esta reportagem foi publicada com informações preliminares confirmadas pela Polícia Federal e está sendo atualizada neste mesmo link.)
Após a expedição dos primeiros mandados de prisão na ação do mensalão, Pizzolato anunciou em novembro, por meio do advogado, que deixou o país e foi para a Itália, a fim de evitar a prisão. Ele tem dupla nacionalidade e teria saído do território brasileiro 45 dias antes de ter a prisão decretada.
A Interpol (polícia internacional) incluiu o nome e a foto do ex-diretor do Banco do Brasil na lista de procurados internacionais, chamada de difusão vermelha.
Em dezembro, o o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que a PF estava empenhada em localizar Pizzolato, mas que nada poderia ter sido feito para evitar a fuga. “Qualquer medida restritiva só poderia ter ocorrido por ordem judicial. Há todo o empenho para localizar o senhor Henrique Pizzolato”, disse.
Cardozo e o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, foram convidados a prestar esclarecimentos sobre a fuga de Pizzolato em audiência conjunta nas comissões de Segurança Pública e de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
De acordo com o ministro, depois que o condenado for localizado pela PF, o Supremo Tribunal Federal poderá pedir sua extradição à Itália, se ele estiver no país europeu.
Se o governo italiano negar, o Brasil poderá enviar dados do processo do mensalão para que Pizzolato passe por novo julgamento na Itália.