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Quinta - 06 de Fevereiro de 2014 às 09:01
Por: Welington Sabino

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Divulgação/ Assessoria
José Riva é contra pedágios em estradas turísticas e apresentou projeto de lei para barrar tal prática
José Riva é contra pedágios em estradas turísticas e apresentou projeto de lei para barrar tal prática

A possível implantação de pedágio na Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251) trouxe à tona o debate sobre a necessidade de traçar um mapa do turismo identificando todas as estradas que são rotas turísticas no Estado. O intuito seria apontar aonde estão essas rodovias para que elas continuem sob responsabilidade do governo e sem cobranças. O Sindicato dos Guias de Turismo de Mato Grosso (Singtur-MT) reconhece que a cobrança espanta o turismo interno, uma vez os principais atrativos que estão abertos à visitação cobram entrada. Contudo, pontua que se a iniciativa privada investir nas rodovias e promover as melhorias que o governo não faz, o setor é favorável ao pedágio.

O receio de prejuízos ao turismo motivou o deputado José Riva (PSD) a chamar a população para questionar o governo. Atualmente existem 2 Estradas Parque reconhecidas no Estado, a MT-251 que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães (67 Km ao norte da Capital) e a Transpantaneira que vai para Poconé (104 Km ao sul de Cuiabá). O presidente do Singtur, Hilson Cácio de Araújo explica que existe ainda uma 3ª rodovia conhecida como um “anel ecológico" ligando Rondonópolis (212 Km ao sul da Capital) a outras regiões como o Distrito de Mimoso em Santo Antônio do Leverger (34 Km ao sul) que em breve deverá ser reconhecida como Estrada Parque.

Contrário à cobrança de pedágios em estradas turísticas, Riva apresentou um projeto de que proíbe pedagiar as estradas parque e turísticas. Ele sugere que o Estado faça um mapa turísitico e depois avalie os prós e contras. Justifica que grande parte dessas estradas e rodovias não são usadas por veículos pesados que transportam a produção do agronegócio e sim por turistas e moradores da região, que são em sua grande maioria, pessoas humildes que terão o custo de vida elevado, em virtude das taxas de pedágio.

Para o deputado, Mato Grosso tem que tratar com mais carinho seu potencial turístico. “Pouca atenção se deu a Chapada dos Guimarães em função da Copa do Mundo e além disso ainda vão tirar daquela população tradicional. Muitos ali tem pequenos negócios e vivem da renda dos que passam por essa rodovia”, ressalta. O problema, segundo ele, é a falta de um levantamento que aponte onde estão essas vias. “Acho que o projeto vai estimular um bom debate e não tenho dúvidas de que ele é perfeitamente cabível”.

Presidente do Singtur, Hilson Cácio de Araújo explica que está em discussão desde 2013 a elaboração de novo um novo desenho do turismo em Mato Grosso que contemplará 89 municípios. O projeto segundo ele, partiu do governo federal e os detalhes ainda estão sendo debatidos. “É um projeto ambicioso que poderá contemplar e desenvolver o turismo dezenas de cidades. Estamos otimistas”, diz.

Araújo reclama que corredores turísticos como a Transpantaneira e a MT-251 estão abandonadas pelo governo, relegadas a terceiro ou quarto plano. “O governo não dá assistência nem para as rodovias que são usadas para escoar a produção, estão todas sucateadas, cheias de buraco, abandonadas. Os roteiros turísticos então nem se fala”, reclama. E neste contexto, ele ressalta que se a iniciativa privada investir, promover melhorias, os Singtur é favorável ao pedágio.

A reportagem não conseguiu contato com a Secretaria Estadual de Turismo (Sedtur) para comentar o assunto, pois a assessoria de imprensa não atendeu as ligações efetuadas pela reportagem.






Fonte: A Gazeta

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