No útlimo mês de gestação, o bebê que a americana Jennifer Juarez, de 27 anos, esperava dava, em média, ao menos dez "chutes" a cada hora e meia. Ela estranhou quando, de repente, seu filho parou de se mexer dentro de sua barriga. Acompanhada pelo marido, correu para o hospital Irvine Medical Center, em Fountain Valley, na Califórnia (EUA), onde passou por uma cesárea de emergência três semanas antes da data prevista, em novembro do ano passado. O bebê era uma menina, que nascera extremamente pálida - quase sem sangue no corpo. "Parecia um bebê fantasma, de tão branca", diz Josh Juarez, o pai da criança. "Sabíamos que algo estava errado."
Devido a uma hemorragia feto-materna grave, a criança havia perdido mais de 80% de seu sangue. Os médicos não conseguiram extrair sequer uma gota de sangue para o teste do pezinho. Com aproximadamente 2,7kg, o bebê nasceu com um nível de hemoglobina de 3,8g/dL. Em uma criança normal, essa taxa varia de 10 a 15.
Após o parto, o bebê foi submetido a uma cirurgia de emergência para transfusão de sangue. E sobreviveu. O único outro caso semelhante de uma criança que nasceu praticamente sem sangue e conseguiu sobreviver foi registrado em 2012 no Reino Unido. A mãe britânica também foi ao hospital quando parou de sentir os movimentos da criança dentro de sua barriga.
Os médicos dizem que, também neste caso, o instinto materno de Jennifer salvou a vida de sua filha. "Se ela não tivesse ido ao hospital naquele momento, a criança não teria sobrevivido", disse a neonatologista Marielle Nguyen, ao jornal americano ABC.
Os médicos dizem que é provável que a criança apresente sequelas no futuro. Mas seus pais estão confiantes que ela se sairá bem, mais uma vez. Não por acaso, deram-lhe o nome de Esperança.
