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O cliente de uma operadora de telefonia móvel teve que esperar por mais de 6 horas para conseguir trocar o aparelho celular comprado no mesmo dia, que apresentou defeito de fábrica. Durante todo o período, permaneceu no interior da loja da empresa e só após a chegada dos advogados dele é que a situação foi resolvida. A situação constrangedora da foi registrada nesta quinta-feira (6), em uma unidade da Vivo.
Carlos Carvalho possui uma linha telefônica da empresa há mais de 20 anos. Conta que chegou às 10 horas da manhã na loja, localizada na avenida Getúlio Vargas, para a compra de um aparelho celular. Segundo ele, a compra já estava agendada por telefone, e com o número de protocolo de atendimento, se direcionou ao atendente. Carlos recebeu a nota fiscal e o aparelho em mãos. Porém, a embalagem foi aberta pelo atendente, já que necessitava de configurações especiais que somente ele poderia realizar.
Segundo Carvalho, ao retirar o celular da embalagem, o próprio atendente constatou que o aparelho estava com a tela rompida, e o informou do fato. O cliente disse que não tinha problema, era só trocar o aparelho. Carlos conta que foi então que começou toda a problemática. “Ele virou para mim e disse que não poderia trocar o parelho, uma vez que já havia emitido a nota fiscal, e segundo normas da fabricante do celular, a medida a ser tomada seria, encaminhar o aparelho para a assistência técnica”.
Indignado, o cliente pediu para ser atendido pelo gerente da loja, que por sua vez continuou afirmando que a troca seria impossível. Carvalho então disse que acionaria seus advogados, porque a situação era inaceitável. “O gerente, agindo de maneira irônica, falou que o cliente poderia chamar a polícia, o Procon, e quem ele quisesse, que a situação não iria mudar”.
A situação se tornou pública e todos os outros clientes que estavam na loja presenciaram a discussão, deixando o cliente em uma circunstância ainda mais humilhante. Algumas pessoas que conheciam Carvalho se solidarizaram e prestaram apoio, se voltando contra a atitude tomada pelos funcionários da empresa.
Eduardo Gomes Filho e Thiago Arrais, advogados de Carlos compareceram ao local e pediram a identificação dos funcionários envolvidos no acontecimento, e eles se negaram a falar os nomes. Como medida de reparo, Thiago informou que entrará com uma ação liminar contra a empresa. “Vou providenciar um pedido de indenização por danos morais, e se possível até o de lucro cessante à Vivo, caso consigamos provar que o senhor Carlos perdeu algum negócio, durante o tempo que ficou aguardando atendimento na loja”.
Depois de 5 horas de espera, a atendente identificada como Janaina dos Santos, informou que a assessoria jurídica entrou em contato com o gerente regional da Vivo e foi autorizada a troca do aparelho. O procedimento de troca ainda demorou cerca de 1 hora. E após 6 horas de espera, Carlos Carvalho conseguiu sair da loja com um protocolo informando o horário de entrada e saída do estabelecimento, que ele havia pedido, e um celular em perfeito estado, porém ainda sem a nota fiscal já que segundo a atendente, leva até 24 horas para a liberação, pois é emitida pelo site da Secretaria de Fazenda, e o sistema apresenta lentidão, por conta da demanda de pedidos.
Outro lado – A reportagem tentou contato com a assessoria de comunicação da Vivo S.A., através do telefone informado pela própria atendente da loja, porém não conseguiu retorno.