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Nacional
Segunda - 10 de Fevereiro de 2014 às 22:54
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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Dilma diz no Twitter que a morte do cinegrafista Santiago Andrade revolta e entristece. (Foto: Reprodução)

Mensagem da presidente Dilma Rousseff no Twitter sobre morte de cinegrafista (Foto: Reprodução)

A presidente Dilma Rousseff determinou nesta segunda-feira (10) que a Polícia Federal apoie as investigações sobre a morte do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade. Atingido por um rojão em uma manifestação no Rio de Janeiro na quinta-feira (6), Andrade teve morte cerebralconstatada nesta segunda-feira.

"Determinei à PF que apoie, no que for necessário, as investigações para a aplicação da punição cabível", afirmou a presidente em mensagem publicada em sua conta no Twitter.

A presidente também disse que a morte do cinegrafista "revolta e entristece" e criticou a violência em manifestações.

"Não é admissível que os protestos democráticos sejam desvirtuados por quem não tem respeito por vidas humanas. A liberdade de manifestação é um princípio fundamental da democracia e jamais pode ser usada para matar, ferir, agredir e ameaçar vidas humanas, nem depredar patrimônio público ou privado", escreveu.

Na sexta-feira (7), um dia após o cinegrafista ter sido atingido pelo rojão, a presidente também havia usado sua conta no Twitter para comentar o episódio. Na ocasião, ela expressou sua solidariedade a Andrade.

Minuto de silêncio
Ao abrir seu discurso na cerimônia de comemoração dos 34 anos do PT, em São Paulo, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, solicitou um minuto de silêncio em homenagem ao cinegrafista da TV Bandeirantes. A presidente Dilma Rousseff, que estava presente ao evento partidário, também silenciou para homenagear Santiago Andrade.

Mais repercussão
O vice-presidente da República, Michel Temer, também usou o Twitter para lamentar a morte do cinegrafista. "Lamento muito o falecimento do cinegrafista Santiago Andrade da TV Band. Que sua família e amigos encontrem conforto neste momento de dor", postou na rede social.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também se manifestou e lamentou a morte do cinegrafista. Em nota, ele afirmou que todo tipo de violência é inaceitável e não deve ser tolerado. Para ele, "a sociedade deve refletir sobre os limites entre o direito de manifestação e os excessos que resultam em vandalismo e violência".

O governador do estado, Sergio Cabral, disse que o direito de manifestação é fundamental para a democracia, mas a violência é inaceitável.

Morte cerebral
O cinegrafista da TV Bandeirantes foi atingido na cabeça por um rojão quando registrava o confronto entre manifestantes e policiais durante protesto contra o aumento da passagem de ônibus, no Centro do Rio. Nesta segunda, ele teve constatada a morte cerebral.

Andrade sofreu afundamento do crânio e foi submetido a uma cirurgia após ser levado para o Hospital Souza Aguiar. Desde então, estava em coma induzido no Centro de Terapia Intensiva da unidade.

A explosão foi registrada por fotógrafos, cinegrafistas e câmeras de vigilância instaladas nas proximidades da Central do Brasil.

Após a divulgação das imagens, Fábio Raposo se apresentou na 16ª DP (Barra da Tijuca) e disse à polícia ter passado o rojão ao homem que acendeu o artefato que atingiu o cinegrafista. No depoimento na 17ª DP (São Cristóvão), o rapaz disse não conhecer o suspeito de lançar o rojão em meio à manifestação.

No domingo (9), após ter o mandado de prisão expedido pela Justiça do Rio, Raposo foi detido em casa. Ele foi levado na manhã desta segunda para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.

O advogado Jonas Tadeu Nunes, responsável pela defesa de Raposo, entregou à polícia, na tarde desta segunda-feira, o nome, o codinome e o CPF do autor do disparo do rojão.

A mulher do cinegrafista, Arlita Andrade, fez um desabafo no domingo, em entrevista exclusiva à TV Globo, e disse que "falta amor" às pessoas responsáveis por ferir gravemente seu marido. A declaração foi dada antes da divulgação da morte cerebral do cinegrafista. "Eles destruíram uma família. Uma família que era unida, muito unida mesmo”, lamentou.






Fonte: Do G1

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