O empresário Cidinho dos Santos, que retorna ao Senado para mais 6 meses de mandato no lugar de Blairo Maggi, pode se tornar o candidato da base governista à sucessão estadual. Essa “costura” política está sendo feita pelo próprio Blairo, seja nas articulações com a classe política, com o setor produtivo e até junto ao Palácio do Planalto.
Na última terça, em Lucas do Rio Verde, momentos antes da presidente Dilma Rousseff fazer discurso de lançamento da colheita da safra 2013/2014, Blairo apresentou a ela Cidinho como provável candidato da base e ainda fez trocadilho, em tom de brincadeira, o que levou a petista a repetir a frase: “Quem acorda Cidinho chega primeiro que o Táxi”. Foi uma referência tanto ao suplente de senador quanto ao senador Pedro Taques (PDT), pré-candidato da oposição que vem incomodando os governos Silval Barbosa e a própria presidente.
Para não causar cizânia dentro do PR, Cidinho tem usado a estratégia de dizer que não será candidato e que o partido já lançou à pré-disputa o pecuarista Maurição Tonhá. Mas, nos bastidores, o nome do ex-prefeito de Água Boa não passa de um balão-de-ensaio. Em verdade, como Blairo decidiu que definitivamente não vai encarar o teste das urnas e carrega bom conceito, respeitabilidade, potencial eleitoral, moral e trânsito livre no Planalto, se articula para transferir esse espólio político para Cidinho. A ideia é lançá-lo a governador entre abril e maio. Até lá, o grupo espera mobilização das bases nesse sentido.
Cidinho é bem articulado. Foi prefeito de Nova Marilândia por 3 vezes, presidente a Associação Mato-Grossense dos Municípios por dois mandatos e atuou como secretário de Estado na gestão Blairo. Algumas lideranças do agronegócio, prefeitos e vereadores já iniciaram, sem alarde, um movimento em defesa do nome do republicano para governador. Enquanto isso, avança também pelos partidos do arco de alianças (PMDB, PR, PP, PSD, Pros, PC do B, PRB, PSC e PT) o nome do ex-vereador pela Capital, petista Lúdio Cabral.