Depois de quase 5 meses sem resposta da Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec), o presidente do Tribunal de Justiça (TJ/MT), desembargador Orlando Perri, determinou o encaminhamento de um ofício à direção geral do órgão, cobrando providências no sentido de que seja finalizado o laudo que apura as causas do incêndio que destruiu o Departamento Material e Patrimônio (DMP) gráfica e arquivo de processos administrativos e históricos do Poder Judiciário.
O prazo inicial estimado pelos peritos, de 30 dias após a data do incêndio, venceu em outubro e desde então a Coordenadoria Militar do Tribunal tem cobrado a Politec sobre o assunto. No entanto, diante da ausência de respostas e do documento, o assunto passou a ser tratado pela própria presidência do Tribunal.
O incêndio ocorreu em 14 de setembro do ano passado e foi controlado após cerca de 12 horas de trabalhos por parte dos homens do Corpo de Bombeiros. De acordo com o TJ, 111 mil processos foram destruídos e o prejuízo estimado em R$ 5,5 milhões. Toda a estrutura era coberta por seguro patrimonial de R$ 5 milhões..
As chamas destruíram uma grande quantidade de materiais de consumo e móveis, sendo que alguns seriam enviados para comarcas do interior do Estado. Desse total, R$ 1,3 milhão eram estantes deslizantes (para armazenar processos), outro R$ 1 milhão em materiais gráficos, mais R$ 1,3 milhão em materiais de consumo. O restante, R$ 1,9 milhão eram diversos materiais, entre computadores e outros móveis.