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Sexta - 21 de Fevereiro de 2014 às 18:30
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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Preocupada em fornecer informações a um público de 70 pessoas que tiveram algum membro do corpo amputado, a coordenadora do Centro Especial de Reabilitação Nilmo Júnior, Darla Piato, solicitou a presença de técnicos do INSS para uma palestra com os pacientes, para informá-los sobre os direitos e como podem acessar benefícios da Previdência. O evento ocorreu na manhã desta sexta-feira (21) e acabou virando um debate, já que o público teve total liberdade de intervir e questionar os profissionais.

A assistente social do Nilmo Júnior, Mirian Rodrigues, explicou que a Unidade é responsável por fazer o primeiro período de adaptação destas pessoas, antes que elas sigam para a protetização. “Estes pacientes chegam encaminhados por um médico do Município. Aqui eles iniciam um tratamento com fisioterapeuta, psicológico, de terapeuta ocupacional e de assistência social para que preparem o corpo e a mente para o principal objetivo deles que é receber a prótese”, disse.

Segundo Mirian, no entanto, em meio ao contato diário com estas pessoas, os profissionais do Nilmo Júnior notaram uma ânsia muito grande deles por informações acerca de seus direitos e por isso o convite ao INSS. “Existe o direito social, a seguridade social, o amparo social e diversos benefícios que nem todos têm o direito de receber e eles têm uma carência muito grande por estas informações. A Darla (coordenadora) convidou e o INSS atendeu neste que já é o 3º encontro de palestras que fazemos para discutir um assunto que é do interesse deles”, detalhou Mirian.

No local, além dos serviços de preparo do paciente para a sua nova vida, o Nilmo Júnior faz um acompanhamento de caso de pessoas que tenham histórico de obesidade ou diabetes, que podem influenciar negativamente em uma futura rejeição do organismo com a prótese. Apesar dos esforços locais, Mirian comenta com preocupação a política atual do Governo do Estado com este setor na única unidade pública habilitada de Mato Grosso pelo Ministério da Saúde para próteses, órteses e meios auxiliares de locomoção (CER 3).

“O Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa – Cridac é o local onde estas pessoas seriam contempladas com a protetização, depois que fosse iniciado o trabalho em Centros como o nosso que é CER 2. Acontece que desde 2010 o Cridac, que tem sede em Várzea Grande está funcionando parcialmente e não tem suprido a necessidade. Estão fazendo lá apenas pequenas manutenções, mas o serviço não está andando. Isto cria uma dificuldade muito grande de realizarmos o trabalho, porque as pessoas que estão aqui veem a necessidade de se preparar, mas o objetivo delas é só um: a prótese. A nossa coordenação enviou um ofício nos últimos dias cobrando uma posição de como serão os atendimentos aos nossos pacientes em 2014, a esperança é que melhore”, concluiu a assistente social.

Darla Piato espera que depois desses questionamentos à assistente social do INSS, cada paciente fique mais instruído sobre seus direitos e possa acessar aos planos e programas oferecidos, já que cada caso pode tomar um rumo diferente diante das possibilidades disponíveis no Instituto Nacional de Seguridade Social.





Fonte: Olhar Direto

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