Policiais militares prenderam Vagner Raimundo Francisco dos Santos, de 21 anos, suspeito de ter participado da execução do major PM Claudemir Gasparetto, de 52, na noite da última terça-feira (18), em Várzea Grande.
Vagner foi preso com 30 munições calibre 380mm, numa sacola plástica.
A prisão dele ocorreu na noite de sexta-feira (21), por volta das 18 horas, no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, após ser apontado por um adolescente como um dos autores do assassinato. O suspeito contestou as informações.
Segundo os policiais, o menor relatou que três dos quatro autores do assassinato são do bairro Novo Terceiro e já tinham a intenção de roubar o carro do major, uma vez que ele sempre passava pelo bairro e eles sabiam o horário de ele sair e chegar em casa, no bairro Planalto Ipiranga, na Cidade Industrial.
O adolescente apontou também um rapaz conhecido como “Careca” como integrante do bando que praticou o crime.
Na execução do major Gasparetto, foram usados dois revólveres e uma pistola ponto 40, sendo que esta última foi roubada há duas semanas de um policial civil, no bairro Altos da Glória, na Capital. O policial teve a casa arrombada e os bandidos entraram pelo telhado.
Segundo a Pm, o adolescente acrescentou que, na tentativa de assalto, os bandidos teriam reconhecido que o dono do carro era um policial militar e, por isso, atiraram.
No Plantão Metropolitano da Capital, Vagner classificou a versão do adolescente de “fantasiosa”, uma vez que ele não teria participado do crime.
Ele disse que a munição apreendida pela PM pertence ao adolescente, que a havia deixado em sua quitinete. Disse também que a pistola estava com o menor.
As informações do adolescente também não convenceram os policiais que investigam a morte do oficial da PM.
É que alguns pontos são diferentes do narrado pelo menor. Um deles é o fato de o major ser abordado quando saía de casa e teve seu Voyage prata fechado por trás por uma Ecosport vermelha.
Além disso, o militar estava aposentado há quase três anos e nos últimos oito anos não trabalhou fardado.
“Então, como saberiam que se tratava de um policial?”, questionou um policial.
O fato de o carro usado para a fuga – a Ecosport vermelha – ter sido abandonado numa cascalheira, no bairro São Simão, em Várzea Grande, também não faria sentido para os policiais.
O adolescente foi detido por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos da Capital. Ele está sendo investigado em vários assaltos a residências na Grande Cuiabá.
Durante o depoimento, ele falou sobre a morte do major da PM.
Familiares
Na sexta-feira, durante toda a tarde, familiares do major Gasparetto estiveram na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa prestando depoimentos, mas as informações não acrescentaram novidades ao que os policias já sabiam.
“Os familiares disseram que não há motivo para o assassinato e não sabem de nada de extraordinário que pudesse justificar o ato criminoso”, informou o delegado Silas Caldeira, titular da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa).