O presidente do PDT, deputado estadual Zeca Viana, saiu em defesa do senador Pedro Taques (PDT) e afirmou que a investigação envolvendo o principal financiador de sua campanha em 2010 não afetará suas pretensões de se eleger governador este ano.
O empresário Fernando Mendonça, que doou R$ 229,5 mil ao senador, foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal, na semana passada, na quarta fase da Operação Ararath.
“Eu acredito que essa situação não afeta o Pedro Taques, porque o Fernando Mendonça foi o principal doador, mas a doação está toda contabilizada. Todo mundo tem o direito de doar dentro dos limites e o candidato tem o direito de receber. O Fernando Mendonça é amigo do Pedro, e eu conheço como empresário de Cuiabá. Não sei nada sobre factoring. Se ele tiver problema, é problema dele com a Justiça”, afirmou Viana.
“Pedro não tem o que se preocupar. Ele teria que se preocupar se pegassem algum erro, ou alguma coisa ilícita dele. Mas ele está tranquilo, pois não tem absolutamente nada. Claro que, se o Pedro Taques tosse, é uma tuberculose perante a mídia e aos adversários. Mas o senador Pedro Taques é um cara que até hoje não tem manchas. E eu acho que, se alguém quiser pegá-lo em alguma coisa, só criando um fato. Mas não existe nada verídico que possa denegrir a imagem dele hoje”, completou.
Ação da PF
O deputado ainda defendeu que a Polícia Federal amplie as investigações para comprovar que, de fato, não há nada que pese contra Pedro Taques. Ele afirmou, ainda, que se houver algo contra Fernando Mendonça, também deve ser investigado.
“A Polícia Federal deveria fazer uma varredura para mostrar tudo com transparência. E se o Fernando Mendonça tem envolvimento com factoring, a polícia precisa tirar isso a limpo. É um dever da polícia. Temos que moralizar esse Estado. Acho que só a Polícia Federal pode pôr moral nisso aqui. Porque, infelizmente, a nossa Justiça estadual deixa a desejar, pois tem certos apadrinhamentos com políticos”, disse.
Zeca Viana também afirmou não ver problemas no fato de Ariane de Matos Mendonça, filha do empresário, trabalhar no gabinete do senador em Brasília, como gerente de sites e redes sociais. Para ele, isso não configura troca de favores.
“Estive várias vezes no gabinete do senador Pedro Taques e não vi filha do Mendonça lá. Mas se ela trabalha, é natural. Para contratar funcionário tem que levar em conta a competência. O Pedro não pensa com a cabeça pequenininha, como 90% dos nossos políticos. Nosso negócio é bem claro e transparente. Não tem porque fazer uma troca de favores por causa de uma doação R$ 230 mil”, concluiu.
