O mecânico de 28 anos, apontado como suspeito de ter matado um policial militar em um assalto, deve ser transferido ainda nesta quinta-feira (27) para a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, segundo a assessoria da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). Na segunda-feira (24) o rapaz tentou roubar uma casa de câmbio na Avenida Getúlio Vargas, na capital.
Dois policiais estavam no local para usar o banheiro e beber água. No entanto, houve tiroteio entre policiais e o caso terminou na morte do PM de 27 anos e de uma atendente de 19. Depois de dois dias foragido, o suspeito foi localizado nesta quarta-feira (26) na casa do pai dele, na zona rural de Acorizal, a 59 km de Cuiabá.
Conforme a assessoria da Polícia Civil, o suspeito já teve a prisão preventiva decretada no mesmo dia. Em depoimento na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito disse que estava desempregado e alegou que cometeu o crime porque a mulher dele está grávida. Apesar de se explicar à polícia, ele negou ter cometido os assassinatos.
Segundo a DHPP, o mecânico entrou na casa de câmbio e pensou que os dois policiais eram, na verdade, seguranças da empresa. "Para ele, segundo disse em depoimento, a farda de um PM seria azul escura", disse o delegado Silas Caldeira.
Em novembro de 2013, o uniforme da PM passou de azul marinho para cinza. Então, o suspeito teria perguntado à dupla se ali era local para fazer empréstimo, e os PMs teriam apontado a jovem como a funcionária da casa que poderia responder à pergunta. O rapaz teria ido em direção à atendente, no entanto, se virou para tentar dominar os dois PMs. Nesse momento, ainda na versão do suspeito, um dos policiais teria feito o primeiro disparo.
A DHPP ainda não definiu sobre por quais crimes o suspeito deverá ser indiciado. Pelo menos dez pessoas ainda devem ser ouvidas pela polícia, inclusive o PM que sobreviveu na troca de tiros.