Cinco mil tornozeleiras eletrônicas foram compradas pelo governo do estado para os presos que cumprem pena em regime semiaberto - quando o reeducando dorme na prisão e pode trabalhar durante o dia - e por acusados de violência doméstica. A metade delas deve ser entregue em até 60 dias, enquanto as demais até o final deste ano. As primeiras serão usadas pelos presos de Cuiabá e dos municípios circunvizinhos, de acordo com a assessoria do Poder Judiciário.
O equipamento custará R$ 214 por mês aos cofres públicos, incluindo o aluguel da tornozeleira, o serviço de monitoramento 24 horas, e o botão de alerta. O sistema permite que a central de controle informe se o agressor se aproximou da vítima além do limite permitido pela Justiça. O monitoramento também deve ter reforço de agentes da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
Conforme o Judiciário, os locais onde estão instaladas as maiores unidades prisionais devem contar com uma central de monitoramento. São eles: Sinop, Água Boa, Rondonópolis, Pontes e Lacerda, Juína, Tangará da Serra, Várzea Grande e Cuiabá. A ideia, no entanto, é que as 66 penitenciárias e cadeias do estado adotem esse sistema.
À princípio, segundo o juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidélis, cerca de 500 presos poderão utilizar as tornozeleiras. Com o equipamento, é possível ter a garantir de que os presos em regime semiaberto estão cumprindo a pena. A intenção é tentar reduzir a superlotação dos presídios e cadeias públicas de Mato Grosso, assim como os custos com o sistema prisional como um todo.