Devido às chuvas intensas em períodos irregulares, a semeadura de algodão em Mato Grosso registrou a segunda pior progressão semanal da safra,de 2.3 pontos percentuais. Com isso, o estado já tem 98,6% das áreas destinadas ao cultivo semeadas, cerca de 593 mil hectares. A previsão é que os trabalhos no campo sejam encerrados nesta semana. Os números fazem parte do boletim do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Compensando o atraso na lavoura, alguns contratos futuros já foram fechados para o caroço do algodão, elevando o preço para R$ 416,00 a tonelada. A demanda foi apresentada por pecuaristas que já estão de olho na alimentação do gado para o próximo confinamento.
Enquanto isso, a cotação da pluma cai. O motivo é queda de braço entre produtor e indústria. É o que afirma o trainee do Imea, João Victor Zamparini. Segundo ele, a comercialização está estagnada. “O comércio da pluma ainda está andando a passos bem lentos. Os produtores não fazem tanta questão de fazer caixa neste momento e a indústria ainda possui estoque. Essa situação deve permanecer, pelos menos, até final de março e início de abril”, prevê Zamparini.
Regiões
A região sudeste de Mato Grosso já semeou 99% dos cerca de 259 mil hectares de área destinadas ao cultivo. A região oeste fica em último lugar, com 96,6% das áreas semeadas.