Andrés Sanchez quer voltar à presidência do Corinthians em 2018 e promete “quebrar” a CBF com a união dos clubes, independência das federações e a possível criação de uma liga. As fortes declarações do ex-presidente do clube paulista foram dadas ao jornal suíço Neue Zurcher Zeitung, que fez visita recente às obras da Arena Corinthians.
Na visão de Andrés, a melhor maneira de confrontar o atual comando do futebol brasileiro é aumentando a força dos clubes. Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista, deve ser o sucessor de José Maria Marin no comando da entidade máxima do futebol nacional.
– Se os clubes ficam fortes, quebra o sistema. As federações sabem que vou romper com isso. Quebrei o Clube dos 13, e por isso a cota de televisão saiu de R$ 20 milhões para R$ 100 milhões. Eu posso ser o presidente do Corinthians em 2018. Vou ser e vou quebrar todo esse sistema da CBF – avisou Andrés.
Se eu entrasse hoje na CBF, faria composição para federações e clubes trabalharem juntos, mas não quiseram. Então vai ser na marra. Os clubes vão se revoltar, serão independentes e criarão uma liga
Andrés Sanchez
– Se eu entrasse hoje na CBF, faria composição para federações e clubes trabalharem juntos, mas não quiseram. Então vai ser na marra. Os clubes vão se revoltar, serão independentes e criarão uma liga – completou.
Antigo aliado de Mário Gobbi na política do Corinthians, Andrés se encontra hoje em direção oposta. Para ele, faltou comando na atual administração para contornar o mau momento do segundo semestre do ano passado.
– Falta comando. Falta uma pessoa forte. Time de futebol perde e ganha a vida toda, mas a imagem e a administração não podem perder, e perdemos um pouco no último ano. É fácil recuperar. Gobbi delegou muito. Ele tem o pensamento mais conservador, e o futebol do Corinthians precisa de risco. Tem de arriscar bastante para crescer – declarou Andrés.
O ex-presidente do Corinthians é responsável pelas obras da Arena que o clube terá ainda em 2014. A entrega está prevista para abril, e o estádio vai receber a abertura da Copa do Mundo, no jogo entre Brasil e Croácia.