A chacina que deixou cinco pessoas mortas e três feridas, no Bairro São Mateus, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, completa uma semana neste sábado (1º) e nenhum suspeito de envolvimento no crime foi preso. Dois sobreviventes do ataque, que ocorreu em um bar na madrugada do dia 22, continuam internados em hospitais da capital. A terceira vítima recebeu alta e já prestou depoimento à Polícia Civil, mas a motivação do crime ainda não foi divulgada.
“É uma investigação que exige cautela por ter várias vítimas e que requer um trabalho minucioso. Porém, considero que a apuração está em ritmo acelerado e estamos tentando evitar especulações”, declarou ao G1, a delegada responsável pelo caso, Anaíde Barros, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Contudo, ela não deu detalhes sobre o inquérito e declarou que a investigação é sigilosa.
Ao menos, cinco pessoas já foram ouvidas na delegacia e os nomes estão sendo preservados por medidas de segurança. Uma força-tarefa foi montada pela DHPP com apoio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e do serviço de Inteligência, para identificar os quatro homens encapuzados que entraram no bar e dispararam contra as pessoas que ali se encontravam.
A Polícia Militar informou que quando chegou ao local encontrou várias pessoas caídas no chão do bar. Três delas já estavam mortas, sendo o dono do estabelecimento e dois clientes. Testemunhas que estavam no estabelecimento relataram que os suspeitos armados chegaram ao bar em um veículo de cor cinza. Eles teriam mandado que todos ficassem de pé e perguntaram quem tinha passagem pela polícia. Nisso, gritaram as iniciais de uma facção criminosa e começaram a atirar nas vítimas.
Algumas testemunhas do crime cederam entrevista, mas pediram para não ser identificadas. "Tinha muita gente no bairro andando para todo lado e eles perguntaram onde ficava esse bar. Desde esse dia para cá muitos policiais perguntaram para os moradores o nome da ‘gurizada’ e quem tinha desenho de palhaço no braço”, relatou a testemunha.
Outra testemunha, que também preferiu não se identificar, contou que os suspeitos chegaram em uma caminhonete. “Chegaram já mandando todo mundo para a parede. Já atirando nas pessoas como se fossem um cachorro, um nada”, afirmou.