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Nacional
Sábado - 01 de Março de 2014 às 23:09
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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Uma universitária brasiliense de 34 anos se indignou ao receber o celular de R$ 500 que comprou pelo site de um hipermercado – além de um atraso de oito dias na entrega, supostamente provocado pela ausência dos moradores na residência, recados escritos no plástico da embalagem diziam "casa velha" com "três carros sucata".

Embalagem de entrega que identifica residência de cliente no DF como 'casa velha' com 'três carros sucata'  (Foto: Divulgação)

Embalagem de entrega que identifica residência de cliente no DF como 'casa velha' com 'três carros sucata' (Foto: Divulgação)

O serviço foi realizado por uma empresa terceirizada, contra a qual existem várias reclamações em páginas de queixas de consumidores. O G1 tentou contato com a empresa, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Não foi um bilhetinho de um entregador para o outro. Mesmo se tivessem feito e esquecido, eu teria tirado, nem acharia chato. Mas foi onde não tinha como destacar, onde eu iria ver. Foi falta de respeito. Foi algo muito mal-educado"

Cliente que se sentiu ofendida pela descrição da casa e carros da família em embalagem de celular

"Não foi um bilhetinho de um entregador para o outro. Mesmo se tivessem feito e esquecido, eu teria tirado, nem acharia chato. Mas foi onde não tinha como destacar, onde eu iria ver. Foi falta de respeito. Foi algo muito mal-educado", disse a estudante, que preferiu não se identificar por medo de represália. Pelo mesmo motivo, a família escolheu não registrar queixa contra a prestadora de serviços.

O aparelho foi comprado pelo pai da universitária no dia 13 de fevereiro, dois meses de o anterior dela ter sido roubado, e deveria chegar em até cinco dias úteis. Os recados deixados na embalagem apontam que a empresa tentou entregá-lo nos dias 16 e 19, mas não encontrou ninguém na casa, que fica no Lago Norte. Há também uma observação, afirmando que a cliente passaria o dia inteiro no local, esperando pela encomenda.

A mulher afirma que a demora irritou o pai, que chegou a enviar e-mail solicitando o cancelamento da compra. Mas os bilhetes deixaram a família "ofendida". A estudante, que diz que a casa não é velha e sim mal-pintada, também afirma que não saiu durante todos os dias em que aguardava pelo celular.

"O que me ofende é que foi o meu celular, que eu pedi para o meu pai, um senhor idoso e trabalhador. Vou passar a vida inteira olhando esse celular e pensando que só vou me sentir bem no dia em que eu conseguir pintar a casa. Que a culpa é minha. Que expus meu pai a isso, que ele ficou se sentindo mal, e que eu que causei", conta.

'Cliente chata'
A falha na prestação do serviço lembra a ocorrida com uma secretária executiva, que recebeu dois sanduíches encomendados por telefone com uma nota que trazia a observação "prestar bastante atenção no pedido: cliente chata". O caso aconteceu no dia 15 de fevereiro. Dono do restaurante Zimbrus, Jeremias César Neto reconheceu a falha no atendimento e disse que advertiu o funcionário responsável pela anotação.






Fonte: Do G1

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