Vinte e quatro problemas estruturais. Este é o número exato de deficiências no prédio da Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec-MT). De acordo com um relatório elaborado por servidores do órgão, os problemas vão desde infiltrações, mau cheiro e proliferação de insetos, além da falta de segurança, do muro que separa a Politec do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Peritos Criminais de Mato Grosso, Márcio Godoy, a segurança é uma das maiores preocupações da classe. “Estamos muito preocupados com a segurança dos profissionais. Além disso, tem a questão dos materiais recolhidos nos locais de crimes que são coletados e levados para a Criminalística e que acabam ficando vulneráveis, justamente pela falta de resguardo do local. Há um tempo houve uma fuga do presídio e alguns fugitivos acabaram invadindo a instituição”.
Quando o assunto é reparo, o sindicalista ressalta que são inúmeras as deficiências no prédio. “Os reparos são necessários, e há muito tempo o órgão não passa por uma vistoria. Os banheiros estão inutilizáveis e o ambiente é impróprio para se trabalhar”. Ele reforça que a situação chegou a esse ponto com a administração ciente de todos os problemas. “Nós encaminhamos um relatório na semana passada para a direção, pedindo com urgência uma solução para os problemas no prédio plantonista. Mas eles alegam falta de recursos”.
A falta de privacidade é outro fator reivindicado pelos servidores. “Nós precisamos elaborar um esquema de segurança, para poder filtrar o acesso de pessoas não autorizadas, principalmente nos dias de plantão. Hoje qualquer pessoa entra na Politec”, conta Godoy.
Todos os problemas enfrentados pelos servidores no prédio da Politec vêm acontecendo há alguns meses, por isso eles resolveram oficializar a situação e encaminhar para as autoridades responsáveis. “Encaminhamos o documento e laudos com fotos e gravações, para a Secretaria de Segurança Pública e para Diretoria de Perícia e Identificação, pedindo providências para tudo que está acontecendo. E esperamos que agora possam efetivar ações de melhorias na estrutura”, disse o representante da classe.
