Com a saída da primeira-dama Roseli Barbosa (PMDB) da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), na semana passada, o primeiro escalão do staff do Governo do Estado passou a contar com apenas duas mulheres – a secretária de Educação, Rosa Neide Sandes (PT), e a secretária de Cultura, Janete Riva (PSD).
A participação feminina no staff tem sido reduzida desde o começo do Governo Silval Barbosa (PMDB).
Das 23 pastas, não mais que três já foram comandadas por mulheres ao mesmo tempo. No total, seis mulheres já passaram pelo primeiro escalão de Silval.
Além das três já citadas, outra que ocupou o comando de pastas foi a deputada estadual Teté Bezerra (PMDB), que, desde o início do mandato de Silval até maio de 2013, respondeu pela Secretaria de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur).
A professora Áurea Regina Alves Ignácio assumiu a Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secitec) por nove meses, em 2012, assim como Vanessa Jacarandá, que comandou a Secretaria de Cultura no mesmo período.
Reflexos
No lugar de Roseli, assumiu o secretário-adjunto Jean Estevan Campos Oliveira.
Ela deixou a pasta sob o argumento de que pretende se “dedicar às atividades particulares e à função de primeira-dama, ainda mais próxima do governador Silval Barbosa”.
A saída da primeira-dama do staff levanta especulações a respeito da permanência do próprio governador no cargo.
O desligamento dela sinaliza que seu marido pode não continuar no Governo também.
Cotado para disputar o Senado, Silval promete definir sua situação até o final deste mês. Se decidir se candidatar, ele tem até o dia 5 de abril para deixar o Governo.
Se desistir da disputa eleitoral, deve concluir o governo – seu mandato se encerrará apenas em 31 de dezembro.
Em entrevistas, ele tem afirmado que gostaria de concluir o mandato, mas tem sofrido pressão de aliados para se candidatar. Ele deve “bater o martelo” em reuniões com a direção nacional do PMDB e com a presidente Dilma Rousseff (PT).