Depois de conseguir a adesão do PTB ao bloco que apoia a pré-candidatura de Pedro Taques (PDT) ao Governo do Estado, os aliados do senador agora buscam ampliar o arco de alianças e querem o apoio do PP e do PR.
Os dois partidos, atualmente, estão no grupo que pretende lançar um candidato com apoio governista. Porém, o PR vem “flertando” com o grupo de Taques desde o ano passado, e o PP dá sinais que quer negociar.
Já compõem o grupo o PDT, PSB, PPS, PV, PSDB, DEM e PTB.
Um dos encarregados da articulação é o presidente regional do PSB e prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes.
Também participarão das negociações o presidente do PSDB, deputado federal Nilson Leitão, o prefeito de Rondonópolis e presidente do PPS, Percival Muniz, e o prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT).
“Ainda acredito no interesse do PR e de vários membros do partido, de fazerem parte dessa aliança política que estamos construindo para esse projeto de Mato Grosso, liderado pelo Pedro Taques. Recebemos também a incumbência de conversar com o PP. Vamos ampliar esse diálogo, convidando, inclusive, o PP para debater politicamente esse projeto”, disse Mendes.
Chama a atenção é o fato de o produtor rural Eraí Maggi ter se filiado ao PP no ano passado, após passar vários anos vinculado ao PDT.
Se, por um lado, Eraí esteve próximo a Taques durante esse tempo, por outro, ele é primo do senador Blairo Maggi (PR), com quem não quer entrar em conflito político.
Efeito Pedro Henry
O prefeito Mauro Mendes minimizou o fato de o PP ter, em seus quadros, o ex-deputado federal Pedro Henry, que está preso no regime semiaberto, em função do Escândalo do Mensalão, e que é um adversário político de Taques.
“Qualquer partido que se preze tem que ser maior que qualquer um de seus membros. Taques tem sua história e teve embates com alguns agentes políticos, mas ele nunca combateu o PP ou qualquer outro partido. Combate-se as pessoas e as ideias que elas representam. PP é um partido como qualquer outro, que merece ser tratado com respeito e ser chamado à mesa do diálogo”, disse Mendes.