Passou para 17 o número de prefeituras de Mato Grosso que decretaram situação de emergência devido as fortes chuvas que têm atingido o Estado nos últimos meses.
Dados da Defesa Civil, encaminhados para a Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), indicam que outras quatro estão na iminência de decretar e oito estão em princípio de anormalidade, que se caracteriza pelo surgimento de problemas isolados, como interdição de estradas. A preocupação é que as constantes chuvas intensas agravem a situação.
Até esta sexta-feira (7) já haviam declarado situação de emergência nos seguintes municípios: Itaúba, Barra do Bugres, Nova Maringá, Confresa, Terra Nova do Norte, Pontal do Araguaia, Nova Guarita, Santa Cruz do Xingu, Santa Terezinha, Ipiranga do Norte, São José dos Quatro Marcos, Nova Olímpia, Reserva do Cabaçal, Colniza, Mirassol do Oeste, Tapurah e Nova Ubiratã.
As cidades que deverão decretar nos próximos dias são: Nova Canaã do Norte, Carlinda, Juara e Colíder.
As localidades que estão em princípio de anormalidade são as seguintes: Juruena, Cotriguaçu, Alta Floresta, Nova Bandeirantes, Juína, Cáceres, Aripuanã e Sorriso.
Segundo a Associação, a situação está sendo acompanha de perto e uma equipe de Cuiabá e do escritório em Brasília estão à disposição dos prefeitos no encaminhamento de ações que visem apoiar os municípios que estão enfrentando problemas com as chuvas.
“A Associação está atenta às dificuldades dos municípios e preocupada com a situação, pois há comunidades isoladas, o transporte escolar e o escoamento da safra estão prejudicados em várias localidades”, afirmou o presidente da AMM, Valdecir Luiz Colle, Chiquinho.
Entre os municípios mais castigados estão Aripuanã, Barra do Bugres, Colniza, Terra Nova, Sorriso e outros do Nortão do estado, com uma extensão de malha viária ainda sem asfalto. A situação também é preocupante devido ao escoamento da produção agrícola. Em Sorriso e Nova Mutum, até 30% da produção foi comprometida.
Cerca de 50% da produção ainda não foi colhida e os produtores alertam para outro problema, a impossibilidade de caminhões carregados com os grãos deixarem as propriedades. A safrinha também está comprometida pelo excesso de chuvas e a produção de algodão sofre com a umidade no solo.
Na última semana, o superintendente da AMM, Darci Lovato, se reuniu com o superintendente de Defesa Civil de Mato Grosso, Sérgio Roberto Delamônica Corrêa, para discutir a situação. Delamônica afirmou que o governador determinou que a Defesa Civil atendesse os municípios para dar suporte à população atingida. Atualmente há três equipes nos municípios para verificar a situação in loco e orientar os gestores.
Nos dias 20 e 21 de março a AMM vai sediar a 2ª Conferência Estadual de Proteção e Defesa Civil, que vai reunir os coordenadores municipais de Defesa Civil do estado, entre outros participantes. Em Mato Grosso, apenas 25 municípios não possuem coordenadorias locais.
O evento será coordenado pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil – Sedec, do ministério da Integração Nacional. A programação terá quatro eixos temáticos: gestão integrada de riscos e respostas a desastres, integração de políticas públicas relacionadas à proteção e a defesa civil, gestão do conhecimento em proteção e defesa civil, além da mobilização e promoção de uma cultura de proteção e defesa civil na busca de cidades resilientes.
O superintendente da AMM também convidou a Defesa Civil para ministrar uma palestra no 31º Encontro de Prefeitos, que será realizado em maio, no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá. O objetivo é informar os prefeitos sobre medidas de prevenção e procedimentos a serem adotados em situação de emergência.