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Terça - 11 de Março de 2014 às 19:34
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea/MT), Juares Samaniego apresentou à Câmara Municipal de Cuiabá relatório que aponta falhas nas obras da Copa do Mundo. Em 11 das 13 obras fiscalizadas foram identificadas falhas relevantes, segundo o presidente. A entidade já encaminhou o relatório à Assembleia Legislativa e vai participar da sabatina do secretário Extraordinário da Copa, Maurício Guimarães, que ocorre nesta quarta-feira (12), no Legislativo estadual. Na ocasião estarão o vice-presidente do Conselho, Marcos Vinicius Santiago e o engenheiro Andre Luiz Schuring.

Durante a explanação na Câmara, a pedido do presidente da Comissão de Acompanhamento das Obras da Copa do Pantanal no Legislativo cuiabano, vereador Dilemário Alencar (PTB), Samaniego lamentou a situação em que as obras se encontram hoje, uma vez que o órgão se colocou à disposição, antes mesmo de todas as elas serem iniciadas. Esses problemas, na avaliação dele, poderiam ser evitados, pois o Crea iria verificar os projeto e fazer as correções necessárias, antes de iniciar qualquer obra, para que não acontecessem falhas.

“Hoje a gente nem cobra mais, pois as obras estão em andamento. Nos colocamos à disposição da Secopa para colaborar. Quando foi pedido lá no início, ainda se podia discutir projetos, pois as obras não estavam em andamento. Mas não recebemos esses projetos em tempo para a correção. Se tivesse ocorrido a convocação da Câmara Temática de Infraestrutura, a qualidade das obras estaria melhor”.

Para Samaniego houve ausência de cobrança por parte do governo do Estado, com as construtoras responsáveis. “Quando você pede projetos, você tem que saber para que a empresa foi contratada, para se fazer o acompanhamento e saber se ela está executando corretamente. Se não tiver esse dado na mão, entre projeto e contrato, não tem como fazer acompanhamento. O que gostaríamos de ter feito na Câmara Temática, era acompanhar os contratos, os projetos se realmente tinham sido executado, mas a Câmara foi convocada duas vezes e questionamos a obra da Arena Pantanal e não foi mais convocada”.

Ele citou a obra da avenida Jornalista Arquimedes Pereira Lima, a Estrada do Moinho, um trecho recentemente pavimentado que já possui buracos e falhas no projeto, inclusive na espessura do asfalto. “Por obrigação tem que fazer todo o serviço, pois a obra não foi entregue para a Secopa e não foi inaugurada, então a construtora tem que refazer as correções”, destacou.

De acordo com Samaniego este período, chuvoso, não é o ideal para mexer com pavimentação asfáltica, uma vez que é necessário fazer movimentação de terra, compactar, fazer base  e sub base. "No momento de jogar a capa acaba acontecendo o famoso borrachudo, pois não houve a compactação ideal do solo".

Para o engenheiro, todos os problemas encontrados são de relevância. Ele citou problemas de infiltração, água na pista, terminais de entrada e acabamento das obras. Segundo ele, no relatório há fotografias feitas em visitas aos locais. “Como era uma analise mais superficial de uma visão técnica não identificou a origem nem as causas dos problemas. Cabe agora o Estado identificar. A Trinhceira Ciríaco Cândia, que apresenta falta de drenagem, água na pista, é uma falha que coloca os motoristas em risco”.

A Secopa, em diversas ocasiões, reafirmou que não aceita nem tampouco inaugura obras que estejam de acordo com o projeto no que se refere à qualidade. Prova disso foram os adiamentos das inaugurações dos viadutos Engenheiro Domingos Iglesias Valério e Jamil Boutros Nadaf. Caso haja a necessidade de correções, a pasta determina às construtoras, tendo garantia das obras de 5 anos.






Fonte: A Gazeta

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