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Quarta - 12 de Março de 2014 às 10:27
Por: Adamastor Martins de Oliveira

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Mulher de 25 anos foi encaminhada ao Hospital Regional após a clínica não dispor de equipamentos necessários
Mulher de 25 anos foi encaminhada ao Hospital Regional após a clínica não dispor de equipamentos necessários

A Polícia Civil do município de Sorriso abriu investigação para apurar se houve omissão médica na morte da jovem Viviany Souza Romeiro Lauterer, de 25 anos, vítima de parada cardíaca, após uma cirurgia para implantação de silicone nos seios.
 
O procedimento cirúrgico foi feito numa clínica particular no município. Ela morreu no sábado (8), oito dias após uma cirurgia. 

A família afirma que Viviany recebeu alta da clínica no mesmo dia em que foi submetida à intervenção cirúrgica. 

A Polícia investiga se a morte pode ser caracterizada como crime de homicídio culposo (sem intenção de matar), supostamente praticado por um médico cirurgião plástico e uma enfermeira. Eles teriam sido omissos em prestar socorro à vítima.

A Polícia Civil aguarda laudos periciais e outras informações técnicas para ouvir o médico e a enfermeira. Familiares já prestaram depoimentos e as investigações deverão ser concluídas em trinta dias.

Em depoimento na Delegacia Municipal de Sorriso, a irmã da vítima contou que após receber alta hospitalar, Viviany voltou para casa ainda "meio sedada", mas conversava, e que não percebeu nada de irregular até ela começar a passar mal.

Segundo a irmã da vítima, a enfermeira disse que ela poderia sentir algum desconforto ao respirar e foi orientada fazer alguns exercícios. A profissional também deixou o número do celular do plantão da clínica.

Em casa, Viviany reclamou que estava com dificuldade de respirar e que seu corpo "estava quente". Ela teria passado o resto do dia reclamando de falta de ar.

A irmã da jovem acrescentou que ligou às 23h42 para a clínica, por duas vezes, e somente foi atendida, na terceira vez, às 01h13, pela enfermeira plantonista. 

Internação na UTI
Ela teria sido orientada a adotar alguns procedimentos, como afrouxar as ataduras e dar o medicamento prescrito pelo médico.

“Mas a Viviany continuou a reclamar de dores e começou a vomitar. Somente às 5 horas da manhã a enfermeira atendeu novamente. Disse que iria levar a minha irmã à clínica, naquele momento, mas a enfermeira informou que era impossível de prestar atendimento naquela hora e que a clínica somente abriria às 7h30, porém, só estaria no trabalho às 8 horas”, relatou.

A enfermeira chegou a informar que não adiantaria levar a paciente para a clínica, pois somente tinha dois leitos e que estariam reservados para cirurgias que ocorreria pela manhã.

Por volta das 6h30, a irmã ligou novamente para enfermeira cobrando retorno, quando ela informou que já estava na clinica. 

A irmã, então, colocou Viviany no carro e seguiu para a clínica. Mesmo na unidade hospitalar teve dificuldades para ser atendida. De acordo com as declarações, o médico somente teria chegado ao local depois das 8 horas.

O delegado Thiago Damasceno informou que a clínica não dispunha de ambulância e nem de equipamentos necessários para prestar socorro à vítima. 

Uma unidade do Corpo de Bombeiros teve que ser acionada para transportar a jovem até o Hospital Regional, onde foi internada em um leito de UTI.

Equipamentos de primeiros socorros do Corpo de Bombeiros, como desfibriliador, chegaram a ser usados para socorrer a paciente na clínica, que também não tinha equipamento para realizar exame de raio-X. 

A jovem acabou morrendo no hospital.







Fonte: Midia News

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