Cuiabá é a cidade-sede da Copa do Mundo com a média de preços de hotéis mais cara durante o mundial. O preço médio cobrado na capital comparando todos os dias de jogos chega ao valor de R$ 1.450 a diária, sendo que o dia mais caro é o da disputa entre Chile e Austrália, quando a média chega a R$ 1.770 mil. Os times se enfrentam no dia 13 de junho. A pesquisa feita pelo site Trivago foi divulgada nesta quarta-feira (12).
De acordo com essa pesquisa, Cuiabá também ocupa o segundo lugar no ranking brasileiro. No dia do jogo entre Bósnia e Nigéria, a média cobrada chega a R$ 1.598. Segundo consta na pesquisa, a resposta dada pela rede hoteleira foi de que os altos valores se devem à falta de disponibilidade de leitos nos hotéis durante o período dos jogos.
Ainda conforme a pesquisa, capital estaria cobrando R$ 1.248 a mais que a cidade com menor média encontrada, Curitiba, com R$ 522 por diária.
Casos de abuso
Em dezembro do ano passado, após uma denúncia, fiscais do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de Mato Grosso (Procon) constataram que um hotel de Cuiabá estava cobrando 30 vezes mais caro pela diária no período da Copa do Mundo.
Depois de confirmada a denúncia, foi instaurado um procedimento administrativo e o hotel foi autuado pelo órgão. A multa poderia chegar a R$ 6 milhões caso a irregularidade não fosse sanada. Conforme o secretário-adjunto de Justiça do Estado, Nestor Fidélis, esse tipo de aumento fere o Artigo 39 do Código de Defesa do Consum idor, que trata como abusivo 'elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços'.
Ação preventiva
À época, o Procon confirmou os valores aplicados por esse hotel e, para tentar coibir novas ações do tipo, passou a fiscalizar e monitorar os preços cobrados pelos hotéis de seis cidades do estado. São elas: Cuiabá, Várzea Grande, Chapada dos Guimarães, Poconé, Nobres e Cáceres. Essa fiscalização foi realizada em dezembro do ano passado, logo após o recebimento da denúncia, e resultou em um relatório de preços que servirá como parâmetro para o período da Copa.
Neste mês de março, a segunda etapa da fiscalização deve monitorar a estrutura desses estabelecimentos. Caso sejam encontradas irregularidades, os empreendimentos devem receber o prazo de 30 para que se adequem às exigências.