Durante a reunião ocorrida nesta quarta-feira entre parentes da auxiliar de serviços gerais Claudia da Silva Ferreira, que foi colocada ferida na mala de uma viatura da Polícia Militar e depois teve o corpo arrastado, o governador Sérgio Cabral informou que ajudará a família no processo indenizatório contra o Estado. A Secretaria da Casa Civil ficou encarregada de acompanhar o desdobramento do caso. Essa seria uma forma de reparar a atitude dos policiais do 9º BPM (Rocha Miranda).
Cabral também pediu desculpas a Alexandre Fernandes da Silva, viúvo de Claudia, a Julio Cesar Silva Ferreira, irmão dela, e a Diego Gomes, amigo família. E ofereceu a inclusão de quem for prestar depoimento no caso no Programa de Proteção à Testemunha.
- Ele se desculpou pela forma como (os policiais) prestaram socorro e pela truculência. Também se comprometeu a dar toda a assistência psicológica e social para a família. E, ainda, a ajudar no processo de adoção dos quatro sobrinhos que a Claudia criava - disse Julio Cesar.
Assista ao vídeo
Segundo Diego, o que os parentes de Claudia mais querem agora é que os envolvidos no caso sejam punidos:
- E, também, que a polícia reveja a forma como são feitas as ações em áreas carentes.
O viúvo de Cláudia completou e disse que a ideia errônea de alguns policiais de que quem mora em favelas é bandido tem que acabar.
- Nada vai trazê-la de volta. Mas queremos que eles paguem pelo que fizeram. As pessoas de bem não podem pagar pelo mal. Existe esse conceito de que quem mora em comunidade é traficante. Mas existem pessoas trabalhadoras nesses lugares também - afirmou ele.
Depois da reunião com Cabral, os parentes de Claudia seguiram para uma reunião com o chefe de Polícia civil, Fernando Veloso, e o comandante-geral da PM, coronel José Luís Castro.