Profissionais da rede municipal de ensino de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, decidiram manter a greve que já dura 30 dias. A decisão em manter as atividades suspensas foi tomada nesta quarta-feira (19) durante assembleia da categoria. Os professores alegam que as reivindicações firmadas na última audiência de conciliação não foram atendidas.
Na pauta da categoria, está o parcelamento e o pagamento do piso salarial de 2013 e também a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Uma nova audiência está marcada para a próxima terça-feira (18). A Secretaria de Educação de Várzea Grande informou que irá agendar uma reunião com a categoria para tentar uma negociação. Enquanto isso, 25 mil alunos da rede municipal de ensino permanecem sem aula e ainda não começaram o ano letivo de 2014.
O sindicato afirma que o piso salarial dos trabalhadores não foi pago em 2013 e nem em 2014 – o piso atual é de R$ 906, mas deveria ser de R$ 1.060, o que causaria impacto de 16% a menos no salário.
Durante audiência de conciliação realizada no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) na última sexta-feira (14), a prefeitura propôs começar a pagar, a partir da próxima folha salarial, as perdas salariais de 2013 e apresentar um cronograma de pagamento das perdas deste ano. E pediu o retorno imediato ao trabalho dos grevistas.
A greve é considerada ilegal pela Justiça, que argumentou que o serviço de Educação é essencial e que a interrupção das aulas causa dano aos alunos. A multa pelo descumprimento da sentença é de R$ 10 mil por dia.
A paralisação tem a adesão de 2,5 mil professores e demais funcionários da rede municipal de ensino. Conforme levantamento feito na última semana pelo sindicato, 44 escolas aderiram completamente à greve e outras três de forma parcial.