Julier Sebastião da Silva será mesmo candidato nas eleições de outubro próximo e pelo PMDB. As amarrações aconteceram nas últimas horas e acabaram sacramentadas em Brasília. O ato de filiação deverá acontecer no próximo dia 02 de abril, sendo que pela legislação eleitoral ele teria até 05 de abril, ou seis meses antes do pleito, para se desincompatibilizar das funções de magistrado.
Como Julier ingressou na Magistratura Federal depois da Constituição Federal de 1988, ele não é abrangido pela regra que permitia a aposentadoria compulsória, portanto, ele vai se demitir da Justiça Federal para ingressar na política partidária eleitoral.
Os entendimentos partidários ainda deixaram aberta uma lacuna, já que a sua filiação sinaliza pela candidatura ao Governo do Estado, mas não foi descartada a possibilidade do mesmo disputar a única vaga para o Senado da República, caso o senador Blairo Maggi (PR) reveja sua posição e decida candidatar-se.
Também foram construídos diversos cenários com os demais membros da chapa majoritária. Em sendo Julier Sebastião da Silva candidato a candidato a governador, ele deverá ter possivelmente o republicano Wellington Fagundes como candidato ao Senado e Rui Prado (PSD) e Eraí Maggi ou Carlos Fávaro, ambos do PP, como postulantes a vice-governador e representantes do setor produtivo na chapa majoritária.
Desde que começou sua trajetória rumo a política eleitoral, Julier sondou diversos partidos com o intuito de se aproximar, mas tinha preferência em se filiar ao PT, o que acabou não acontecendo.
Os demais partidos aliados seriam contemplados com as duas suplência de senador, além das candidaturas proporcionais para deputado federal e estadual, sendo que as amarrações ainda estariam sendo costuradas para atender as demandas de todos os 9 partidos aliados que se reuniram na última segunda-feira.
Com a definição da filiação de Julier Sebastião da Silva e sua disposição em concorrer nas eleições, começa outra maratona, a da escolha dos nomes que vão compor a chapa majoritária, já que o futuro peemedebista se somaria a outras pretensões, como de Lúdio Cabral (PT) e do vice-governador Chico Daltro (PSD), além de Maurício Tonhá (PR).
Toda e qualquer decisão tem que passar pelo PMDB, PT, PR, PSD, PP, PROS, PCdoB, PSC e PRB, além de outras três siglas que estão em conversação e que podem vir a somar com o bloco de partidos aliados.