Greve de três dias de profissionais da educação teve adesão de todos os estados, segundo a CNTE; nas fotos estão imagens de protestos no Acre, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Goiás. Minas Gerais e Piauí (Foto: G1)
A greve de professores e funcionários da educação convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) terminou nesta quarta-feira (19) com participação de entre 65% e 70% dos profissionais da área, segundo dados divulgados pelo presidente da entidade, Roberto Leão. A paralisação teve início na segunda-feira (17) e foi encerrada na tarde desta quarta com uma manifestação na Praça dos Três Poderes, em Brasília, que reuniu entre 2,5 mil e 3 mil pessoas, de acordo com ele.
Leão disse que cada rede de profissionais tem autonomia para decidir se mantêm a paralisação em nível local ou não, mas profissionais de todos os estados do país aderiram aos três dias de mobilização.
Segundo ele, estados como Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Mato Grosso devem realizar assembleias para deliberar sobre o tema.
"Conseguimos movimentar a educação pública no Brasil, o ensino básico, para defender e estar sempre reiterando as propostas que temos", afirmou o presidente do CNTE ao G1. Segundo ele, entre as reivindicações da categorias estão a valorização dos profissionais, o cumprimento integral da lei nacional do piso salarial e a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) com a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública. "É fundamental que a palavra 'pública' seja acentuada, a escola pública é que precisa de investimento", afirmou ele.
Nesta quarta, a entidade também protocolou junto ao governo uma petição de audiência com a presidente Dilma Rousseff. "Pedimos audiência com ela para que a gente possa ter um diálogo oficial com a presidenta da República."
No início do protesto, durante a manhã, a Polícia Militar estimou o número de participantes em mil pessoas, mas segundo Leão, o objetivo de reunir entre 1,5 mil e 3 mil pessoas em Brasília foi atingido.
Professores marcham pelo Eixo Monumental, em Brasília (Foto: Isabella Formiga/G1)